segunda-feira, 8 de setembro de 2008
DNJ 2008 - QUEREMOS PAUTAR AS RAZÕES DO NOSSO VIVER.
O Dia Nacional da Juventude (DNJ) é celebrado há 23 anos, com momentos fortes da vida juvenil: encontrões, manifestações, missões, apresentações culturais... Nesse ano, desejamos dar continuidade ao ciclo de debates iniciado com a Campanha da Fraternidade e com o centenário de nascimento de Dom Helder Câmara. Sua profecia inspirou o eixo das atividades permanentes da PJB: “Temos mil razões para viver!”.
O tema do DNJ desse ano é a “Juventude e os Meios de Comunicação” e o lema é “Queremos pautar as razões do nosso viver!”. É nesse momento, também, que queremos denunciar toda a visão equivocada sobre a juventude e colocar na pauta de discussões da mídia, da sociedade e da Igreja, a verdadeira realidade, anunciar os sonhos e todas as razões do nosso viver: justiça, vida digna, liberdade, paz, amor para todos e todas.
Os subsídios ajudam
Com os materiais que foram elaborados, queremos pensar a mídia como ferramenta que gera a vida e ao mesmo tempo como nós somos instrumentos de comunicação para os outros e as outras. Algumas questões que foram pensadas para o subsídio de preparação ao DNJ podem nos ajudar a refletir, dialogar, fazer diferente:
• Qual a importância da comunicação em nossa vida? Como ela influencia nossos relacionamentos? Que meios usamos para nos comunicar, expor nossas idéias, mostrar quem somos? A forma como os jovens são apresentados nos meios de comunicação é verdadeira?
• Que inspiração nos dá o lema “queremos pautar as razões do nosso viver”?
Precisamos compreender que a juventude não é produto e nem o consumidor em ênfase. Queremos que a juventude seja protagonista, que ela produza comunicação, que ela se encante pela vida, que saiba utilizar os meios de comunicação para, com democracia, mostrar suas idéias, sua cara, seus projetos, sua visão de mundo... É momento de pautar a esperança, a disponibilidade de construir uma nova sociedade, onde todos tenham seu espaço reconhecido e legitimado.
Se conhecem jovens que produzem sua própria comunicação, seja em rádio comunitária, jornal da escola, linguagens artísticas, façam contato com eles e partilhem suas experiências, façam parcerias.
No material do DNJ há uma discussão interessante sobre a Educomunicação. Vou reproduzi-la aqui para que vocês possam identificar pistas de trabalho com os jovens do seu grupo, da sua turma de escola, da sua organização juvenil.
O que é Educomunicação?
Segundo Verônica Rezende, “educação e comunicação nunca estiveram tão próximos”. A Educomunicação surge visando à aproximação entre os profissionais de ambos os campos (educação e comunicação), buscando a formação para a cidadania e a abertura de espaço, na mídia, para a expressão dos jovens.
Essa nova área, surgida na Universidade de São Paulo, que conta com curso de pós-graduação, é direcionada ou a profissionais de comunicação que se preocupam com a educação, ou a educadores que refletem sobre a influência da mídia na formação especialmente dos jovens para o exercício da cidadania”.
O professor Ismar de Oliveira Soares exemplifica: “Quando temos notícia de que grupos de adolescentes, numa escola da periferia de uma grande cidade como São Paulo, trabalhando de forma colaborativa em torno de um computador, planejando o jornal da escola ou criando seus web-rádios. Consideramos como educomunicativa, também, a proposta de um jornal, de uma revista ou de uma emissora de TV de dedicar espaço específico e tempo para a área da educação, colaborando com os educadores na divulgação de ações que tenham como eixo central a participação dos membros das comunidades em ações voltadas para a ampliação das formas de expressão, para o fortalecimento da auto-estima dos jovens e para práticas de cidadania”.
Raquel Pulita,
integrante da ONG Trilha Cidadã, da Comissão Nacional de Assessores(as) da PJ e da Comissão Colegiada de Assessoria do Setor Juventude da CNBB.Endereço eletrônico: rpulita@terra.com.br
Artigo publicado na revista Mundo Jovem, edição 391, outubro de 2008, página 2.
Disponível em: http://www.mundojovem.com.br/subsidios-grupo_jovens-15.php
A REUNIÃO DO GRUPO DE JOVENS
AS TRIBOS URBANAS
Rodeadas de códigos e normas, estudadas por sociólogos e psicólogos, mal entendidas por muitos, crescendo e se multiplicando, mudando hábitos, costumes e práticas sociais, aí estão as tribos urbanas que podem ser caracterizadas como um fenômeno juvenil dos grandes centros e que, dia após dia, ampliam sua atuação e aumentam seus adeptos. Do que se trata?
Estamos acostumados a ver jovens “normais” em nossas comunidades e/ou cidades. O máximo do diferente é alguém com um corte de cabelo não comum, ou com uma calça jeans toda rasgada, ou ainda, jovens com roupa de cor exótica e cheios de correntes, pulseiras, botons, anéis etc. Isso não parece preocupar. No máximo, causa espanto e é motivo de gozação.
Porém, por enquanto, essa atitude é característica de nossas cidades pequenas. Nos grandes centros urbanos (e o mundo se urbaniza cada vez mais), o diferente já se organiza, tem normas, leis, códigos, adeptos...
Cedo ou tarde este fenômeno da juventude moderna chegará até nós. É importante que conheçamos as razões de tal fenômeno para sabermos agir diante dele.
Punks, Skinheads, Rappers, White Powers, Clubbers, Grunges, Góticos, Drag Queens. Estes são apenas alguns grupamentos juvenis, chamados pelos sociólogos de “tribos urbanas”, encontrados diariamente nos grandes centros. As “drag queens”, tipo atualmente em destaque na mídia e considerado o mais exótico, são na verdade homens vestidos de mulher. Duas diferenças básicas as diferenciam dos travestis: não se prostituem nem modelam seus corpos com silicone ou hormônios. Ser drag significa dar vida a um personagem. Eles se preocupam com a moda, possuem uma linguagem específica e brincalhona, são irreverentes e pareciam os gêneros musicais contemporâneos. Podemos dizer que esse jeito, toda essa brincadeira, essa festa, característica das Drag Queens, vem como uma resposta a uma série de dificuldades sociais importantes.
Os Grunges, filhos legítimos da recessão mundial, nasceram em Seatle, nos Estados Unidos, e são caracterizados pela sua indumentária: bermudão abaixo dos joelhos, tênis sujos, barbichas, calças rasgadas etc. Eles transformaram o desleixo numa provocação aos “mauricinhos” e “patricinhas” (filhos de papai).
Ainda existem outros, como os Rockabillies, que amam o rock dos anos 50 e usam enormes topetes; os góticos, que cultuam as sombras e adoram poesias românticas, além dos hippies, rastafaris, metaleiros etc.
Há também as tribos pós-punk que são as mais temidas devido à sua agressividade. Entre elas estão os Carecas (skinhead brasileiro) e os White Powers (Podes dos Brancos). Ambas as trios são racistas, têm tendências nazistas e detestam homossexuais. Atualmente os punks não são encontrados com facilidade, mas ainda existem alguns grupos.
A origem de todas essas manifestações parece ser a contestação. A violência, a apatia, desleixo, a festa e a anarquia são as formas de contestação do mundo pós-moderno, dizem os sociólogos.Sentimento de vazio
Ao analisarmos, perguntávamos o que tem por trás desse estilo de vida? Olhando a história, percebemos que muitas manifestações de repúdio e revolta com os padrões dominantes se deram de uma forma muito semelhante a esta, os Hippies, por exemplo.
Porém ficaram outras duas questões:
- Este fenômeno é um modismo, simplesmente?
- E estes jovens são assim para si ou para os outros, isto é, vestem-se e agem assim por convicção ou são assim para serem vistos e notados numa cidade/sociedade onde o anonimato é o maior medo?
Acredito que a morte da identidade pessoal promovida pela sociedade moderna e seus aparatos, não é o fim, ainda há, na alma do jovem, a capacidade de resistir a e contestar, mesmo que à margem do normal, na contra-mão da sociedade.
Acredito que o sentimento de vazio e de descontentamento vivido pelo jovem de hoje pode levar a uma resistência diante do mundo opressor, massificador e despersonalizador.
Acredito na pluralidade de opções e de estilos de vida, desde que acima de tudo esteja a vida, a liberdade, a felicidade, a construção (ou re-construção) da pessoa, não importa se ela esteja de calça azul-marinho e camisa branca ou com um macacão cor-de-abóbora da cabeça aos pés.
QUESTÕES PARA DEBATE
1 - Quais são as tribos juvenis que conhecemos?
2 - Quantas são atuantes em nossa cidade?
3 - Como se comporta cada tribo?
4 - O que explica esse comportamento “estranho” das tribos juvenis?
Pe. Adilson Schio,
Artigo publicado na revista Mundo Jovem, edição 263, agosto de 1995, página 6.
Disponível em: http://www.mundojovem.com.br/subsidios-grupo_jovens-03.php
O JOVEM CRESCE NO GRUPO
Além de amor e da opção pelos jovens, expressos em documentos da Igreja latino-americana, é necessário saber como convocar, reunir e o que fazer para que o grupo de jovens caminhe. O que presupõe um jeito de trabalhar as várias etapas pelas quais passam os jovens e, que não podem ser queimadas. O ponto de partida são as necessidades sentidas no contato com a realidade.
O eixo da Pastoral da Juventude (PJ) são os pequenos grupos de base. Estes grupos que criam laços, confrontam a vida com o evangelho e formam lideranças jovens para o engajamento na Igreja e na sociedade.
Esta foi a metodologia usada pelo próprio Jesus Cristo. Não deixando de trabalhar com a multidão, ele dedicou-se à formação dos discípulos, especialmente dos doze.Pequenos grupos O grupo de base (oito a 20 participantes) proporciona uma melhor participação, amizade e partilha de vida, incentiva o trabalho de cada um e favorece a formação integral do jovem. A formação acontece através de todas as atividades: trabalho, namoro, festa, estudo. Tudo tem que andar junto, contribuindo para o jovem crescer e ser feliz.
No grupo, há momentos em que os jovens gostam de falar de si, de sua família, do trabalho, da escola, do lazer. Depois já estão preocupados com a comunidade e seus problemas, no compromisso com a mudança da sociedade. Por isso, uma formação integral apresenta a necessidade de uma pedagogia que engloba a vida toda do jovem, que atenda:
- a dimensão afetiva, ajudando a ser pessoa;
- a dimensão social; integrando o jovem no grupo e na comunidade;
- a dimensão espiritual, ajudando a crescer na fé;
- a dimensão política, desenvolvendo o senso crítico e ajudando a tornar-se sujeito transformador da história;
- a dimensão técnica, capacitando para a liderança, planejamento e organização participativos.
Etapas a percorrer
Para chegar a uma formação integral há que se percorrer etapas, dar passos numa caminhada que acontece no grupo e fora dele.
A primeira etapa é a “infância do grupo”. É a descoberta da própria situação e das relações entre as pessoas.
O grupo amadurece um pouco e chega à “adolescência”. Começa a olhar para fora e realiza a descoberta da comunidade, dos problemas sociais e da importância da organização.
A “juventude” do grupo acontece quando, aprofundando sua ação e reflexão, o jovem realiza a descoberta da sociedade e da dimensão política e social da fé, comprometendo-se com a transformação da sociedade.
A formação integral, educação na fé, é um processo que se desenvolve através da formação na ação. A própria ação deve criar a necessidade da busca de conteúdo.
O desafio está em construir uma pastoral de pequenos grupos e, ao mesmo tempo, a necessidade de momentos/encontros de massa, importantes na motivação, animação dos jovens e nucleação de novos grupos. A PJ não tem a pretensão de atingir todo mundo, mas quer ser fundamento de uma proposta de vida e esperança para os jovens.
É importante que os grupos de uma mesma paróquia, as paróquias de uma mesma área, as áreas de uma mesma diocese, as dioceses de um mesmo regional se encontrem para crescer juntos e construir uma Pastoral da Juventude organizada e ser testemunho de um novo jeito de viver e expressar a nossa fé.
QUESTÕES PARA DEBATE
1 - O que é preciso ser feito para começar bem um grupo de jovens?
2 - Quantos participantes deve ter um grupo para funcionar bem?
3 - Que pedagogia é adequada para quem trabalha com grupo de jovens? O que é precisa levar em conta?
4 - Para que servem os grupos de jovens? Os grupos são um espaço legal para os jovens?
Rui Antonio de Souza,
Artigo publicado na Revista Mundo Jovem, edição 250, abril de 1994, página 11.
Disponível em: http://www.mundojovem.com.br/subsidios-grupo_jovens-04.php
A FORMAÇÃO DO GRUPO DE JOVENS
A educação na fé é um processo. Ter consciência do processo em suas diferentes dimensões e etapas, é uma necessidade para todos que desejam organizar grupos de jovens, para a evangelização das juventudes. O jovem que ingressa no grupo pode percorrer estas etapas:
Nucleação
É ponto de partida do jovem no grupo. A conquista e o processo de cativar. O que o nucleado deseja? É alguém que deseja descobrir os valores e os dons que possui. Quer que quem o convida, o valoriza e que o grupo ao qual é convidado seja amigo, onde possa sentir-se livre e possa expressar seus anseios e desejos. Ele quer ser valorizado pelo nome e pela sua história. Assuntos importantes são a amizade e o namoro.
Técnicas possíveis nesta etapa:
- Organização das reuniões, não deixando de ajudar, marcando o local do encontro, envolvendo o pessoal na preparação.
- Valorização da vida pessoal e grupal, levando as pessoas a se desinibirem.
- Utilização de festas, passeios, compromisos fora das reuniões, refeições coletivas, trabalho de mensagens musicais, celebração de aniversários, serenatas, retiros.
- Apresentação de um Jesus amigo, que teve um grupo, valorizando símbolos e gestos nas orações, ajudando para que a vida da amizade se torne uma espécie de música.
- Visita a outros grupos.
Iniciação
1º momento: a infância
É o primeiro momento da vida de um grupo. O que o jovem deseja? Ele quer ser autovalorizado e aceito para melhor relacionar-se consigo mesmo, com os outros e assim engarjar-se no crescimento da fé. Deseja desenvolver-se e ser percebido como alguém que colabora na transformação da sociedade. Anseia ser acolhido com dignidade e na amizade, sonhando com um ambiente de diálogo, onde possa manter essa amizade com relacionamentos livres.
Técnicas possíveis neste momento:
- Levar o jovem a ler.- Utilizar diversos meios que o levem a se desinibir e desenvolver formas de expressão (teatro, música, dança, mensagens...)
- Desenvolver atividades grupais e pequenas tarefas na comunidade.
- Fomentar celebrações movimentadas e vibrantes, com símbolos, expressão do corpo, aproveitando a natureza.
2º momento: adolescência
Trata-se de um grupo que já tem vida há certo tempo. O que o jovem deseja?Continua valento o que se falou da infância. Acrescenta-se, no entanto, o despertar da questão da afetividade e da sexualidade. Amadurece o senso de liberdade e a vontade de saber mais sobre liderança. Claro que a amizade e a solidariedade, como anseio, prosseguem. Assim como gosta de lazer, o jovem é curioso por exercícios de autoconhecimento e autocontrole. Agradam-lhe celebrações participativas, esporte, visitas para conhecer a realidade, executar e planejar tarefas.
Técnicas possíveis neste momento:
- Painéis, debates e palestras (análise da conjuntura, bíblia e história da PJ).
- Análise de programas e propagandas dos Meios de Comunicação Social.
- Celebrações envolventes, levando à experiência de Deus e ao conhecimento da proposta de Jesus Cristo.- Dinâmicas de integração.
- Reuniões nas casas dos membros do grupo.
- Retiros, encenações, teatro, música, dança.
3º momento: Juventude
Imagina-se um grupo de iniciantes numa fase já mais avançada. O que o jovem deseja? O jovem, aqui, quer ser útil e ter uma ação concreta dentro do seu meio e na sociedade. Quer ser respeitado e exige respeito dos outros, principalmente dos mais pobres. Além de falar de si, quer descobrir-se e descobrir sua vocação. Está em busca, igualmente, de um amadurecimento político.
Técnicas possíveis neste momento:
- Amadurecer formas de o jovem, no grupo, procurar pistas planejadas de ação.
- Trata-se de investir na formação técnica a partir da própria organização deles. Fundamental o trabalho de planejamento e avaliação.
- Organizar momentos delebrativos fortes de sua fé como vigília, retiro, caminhadas.
- Realizar cursos e treinamentos de capacitação técnica e fazer com que o grupo viva a Revisão de Vida e de Prática.
- Formas de engajamento nos movimentos populares, sindicatos, movimento estudantil e ações concretas na comunidade eclesial.
QUESTÕES PARA DEBATE
1 - Quais os momentos da formação de um grupo de jovens?
2 - Que técnicas importantes devem ser observadas em cada momento?
3 - O que é importante para o jovem em cada momento do grupo?
Equipe do Instituto de Pastoral de Juventude (IPJ),Site na internet: http://www.ipjdepoa.org.br
Artigo publicado na Revista Mundo Jovem, edição 259, abril de 1995, página 15.
Disponível em: http://www.mundojovem.com.br/subsidios-grupo_jovens-05.php
GRUPO, AMIZADE E PESSOA
GRUPO DE JOVENS, UMA BOA IDÉIA.
GRUPO DE JOVENS: UM TRABALHO PRÁTICO.
Disponível em: http://www.mundojovem.com.br/subsidios-grupo_jovens-08.php
VOCÊ É CATÓLICO?
Você é Católico?
Ser Católico é ser livre e feliz.
Luiz Antonio Bessi
CUIDAR DA QUALIDADE DE VIDA DOS LÍDERES
Cuidar da Qualidade de Vida dos Líderes
FORMAR UM GRUPO DE JOVENS A PARTIR DA CRISMA
Formar um grupo de jovens a partir da Crisma
PARA SER UM BOM GRUPO.
Disponível em: http://www.mundojovem.com.br/subsidios-grupo_jovens-07.php
COMO FAZER UM GRUPO DE JOVENS?
sábado, 6 de setembro de 2008
MISSA: ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS. – 3ª PARTE.
· Quando vier participar da Santa Missa, ter um cuidado especial com as vestes. Lembre-se que você vai ter um encontro com o próprio Deus;
· Esvaziar a cabeça de todos os fatos ou preocupações que venham atrapalhar sua participação na Santa Missa;
· Esteja devidamente preparado para receber a Sagrada Eucaristia, ou seja, faça uma boa confissão antes de participar da Santa Missa. Lembre-se que São Paulo mesmo nos diz: “Todo aquele que comer e beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do Corpo e do Sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe se distinguir o corpo do Senhor, come e bebe sua própria condenação”. (I Cor 11, 26-27).
· Desligar o celular, bip e qualquer instrumento que venha tirar a sua atenção e a do irmão. Também não conversar com o irmão durante a Missa.
· No momento do abraço da paz apenas saudar os irmãos que estão próximos a você e não sair do seu lugar para cumprimentar um amigo ou familiar que não esteja perto de você. Deixe para dar o abraço fraterno a este amigo ou familiar no fim da celebração.
· Só se retirar da Igreja apenas quando o Padre ou o Diácono fazer a despedida. De preferência, só sair da Igreja após os celebrantes e os ministros saírem do altar.
· A Santa Missa transmitida pela TV não substitui a sua presença na missa da sua comunidade, exceto nos casos de enfermidade e impossibilidade de se deslocar à Igreja. Lembre-se que faltar a Santa Missa Dominical é pecado grave.
MISSA: ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS. –2ª PARTE.
Como eu escrevi no artigo anterior, a Missa é o centro da fé, é o cerne do Cristianismo, é o coração da Igreja, é o centro do universo.
A missa se divide em duas partes primordiais: Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística. Antes delas ocorre os Ritos Iniciais e logo após os Ritos Finais.
Ao entrar no local de celebração, vamos ficar em silêncio, para preparar o grande acontecimento da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Pode-se também rezar o terço ou outra oração que achar conveniente.
1. Ritos Iniciais:
· Canto de Entrada: Ao iniciar, cantamos alegres por estarmos reunidos com os irmãos na casa do Nosso Deus e Pai. O sacerdote recebe a todos cumprimentando em nome das Três Pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
· Ato Penitencial: Quando amamos alguém de verdade, é necessário ir ao seu encontro sem mágoa. Por isso, pedirmos perdão das nossas faltas. O Ato penitencial nos convida a dar uma parada e ver onde pecamos e no que precisamos mudar de vida. Vale lembrar que esse reconhecimento da nossa falta não substitui o sacramento da Reconciliação.
· Hino de Louvor: Depois de pedir perdão, junto e diante de toda a comunidade, estamos em condições de glorificar a Deus. Cantamos ou rezamos, com alegria o Glória.
· Oração Coleta: Em seguida, o sacerdote nos convida à oração; e todos, juntamente com ele, recolhem-se uns momentos em silêncio, a fim de tomarem consciência de que se encontram na presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções. O povo se associa a esta súplica e faz sua oração pela aclamação Amém.
2. Liturgia da Palavra:
· Leituras: Até agora Deus nos ouviu. É nossa vez de ouví-Lo nas três leituras tiradas da Bíblia, intercaladas pelo Salmo de Meditação e a Aclamação do Evangelho. A Palavra de Deus vai nos mostrar que Ele sempre está presente no meio do seu povo.
· Homilia: Aqui o celebrante faz uma explanação das leituras Sagradas, de forma que todos compreendam que Deus está presente em todos os momentos de nossa vida.
· Profissão de Fé: Fomos acolhidos, recebemos o perdão, ouvimos a Palavra de Deus, e o celebrante explicou as leituras. Vamos sintetizar tudo isso, rezando o Credo, que contém as verdades fundamentais da nossa fé.
· Oração dos fiéis: Toda a comunidade faz os pedidos, conforme as suas necessidades. Rezamos também pelos governantes, pelos que sofrem, pelo mundo inteiro.
3. Liturgia Eucarística:
· Ofertório: É a hora de colocar sobre o altar toda nossa vida para ser consagrada. Por isso, não pode ser oferta só de dinheiro, de mantimentos para os pobres, mas da vida, para recebermos forças na luta do dia-a-dia. O sacerdote oferece a Deus tudo que é colocado no altar.
· Oração Eucarística: O ponto alto da Santa Missa. Nesta oração, através da ação do Espírito Santo, é transformado pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Agora o próprio Jesus se faz presente através da Eucaristia. Ele está no altar. A oração Por Cristo, com Cristo e em Cristo, resume este ato de fé. Ao pronunciarmos o Amém, queremos dizer que aceitamos tudo, com amor e gratidão.
· Pai Nosso: É a oração que Jesus nos ensinou e é a mais completa das orações. Essa oração nos torna irmãos, porque Deus é o nosso Pai. Com essa oração inicia-se o rito de comunhão.
· Oração pela Igreja: A Igreja, Santa pela graça de Deus e pecadora porque realizada por pecadores e em favor dos pecadores, pede pela unidade de seus filhos para testemunho de Jesus Cristo, na fé, no culto e na caridade (conferir Jo 17).
· Saudação da Paz: Desejamos a paz de Cristo a todas as pessoas: aos amigos e aos inimigos. Só Cristo pode, realmente, nos dar a paz e ajudar-nos a viver como irmãos. Com essa saudação fraterna ocorre o rito da paz.
· Cordeiro de Deus: Pedimos três vezes que tenha piedade de nós, para frisar que só Deus tira os pecados do mundo e o quanto precisamos de perdão. Não somos dignos de sermos perdoados, mas Jesus quer nos perdoar e ficar conosco.
· Comunhão: A mesa está posta e o alimento preparado. Somos convidados a participar da Comunhão com toda humanidade que sofre e também se alegra, porque Cristo é ponto de unidade dos que n’Ele crêem. E esta união deve acompanhar-nos até nossas famílias, vizinhos e colegas de escola e trabalho, como sinal da vida e unidade, pois como diz São Paulo na carta aos Gálatas, cap. 2, vers. 20: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim”.
4. Ritos Finais: Consta de:
· Notícias breves se forem necessárias;
· Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é enriquecida e amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais solene de bênção;
· Despedida da assembléia, feita pelo diácono ou sacerdote; Alimentados e fortalecidos do Pão da Palavra e Eucarístico somos enviados a viver Cristo no decorrer de toda semana;
· Beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao altar por parte do sacerdote, do diácono, e dos outros ministros.
Ao despedir-nos, devemos estar cheios da graça de Deus. Mas na verdade a missa não termina nesse momento, mas continua durante toda semana. Portanto, após a Santa Missa, não há de se realizar novena ou adoração ao Santíssimo, pois já estamos cheios da graça de Deus.
Podemos notar que no começo e no fim da Missa, o sacerdote invoca a Santíssima Trindade.
Vemos assim que a Missa, além de ser Bíblica, contém todo o Mistério da nossa fé e Salvação.
Encerrarei essa série de artigos, com dicas importantes que devemos tomar.
Rick Pinheiro
Pastoral da Juventude Arquidiocesana.
MISSA: ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS. – 1ª PARTE.
Há alguns anos atrás o filme “Titanic” fez enorme sucesso nos cinemas do mundo inteiro. O filme tinha a espantosa duração de 194 minutos, ou seja, 3 horas e 14 minutos. Não me lembro de ninguém ter saído do cinema antes do fim do filme; Uma partida de futebol, incluindo intervalo e, quando há, prorrogação, dura em média entre 1 hora e 50 minutos a 2 horas (isso sem contar com o tempo que o torcedor gasta para chegar ao Estádio para pegar um bom lugar) e, apenas com muita raiva do seu time ou para evitar pegar um trânsito lento, é que o torcedor sai do Estádio antes do fim da partida; O show do seu cantor ou banda favorita dura em média duas horas, sem contar o tempo das outras atrações e mesmo assim ninguém não “arreda o pé” enquanto não cantar junto com seu artista todo seu repertório programado para aquela apresentação; O capítulo final de uma novela dura em média quase duas horas e o espectador assíduo não desliga a televisão enquanto não ver a última cena da novela que, há meses vem pacientemente acompanhando.
De fato um filme bem produzido, uma boa partida de futebol ou outro esporte, um show bem animado e até mesmo uma novela bem escrita e produzida são atrativos agradáveis e faz com que, naqueles instantes, esqueçamos um pouco dos nossos problemas do dia-a-dia. Mas eu me pergunto: Por quê as pessoas são tão impacientes para participar de um encontro com Deus na Santa Missa?
Como missionário que sou, aliás, que todos nós católicos somos pelo sacramento do batismo, resolvi escrever essa série de artigos para esclarecer aqueles que ainda não sabem a importância da Santa Missa.
Missa: Sacrifício de Cristo. Lembramos a sua vida, os seus ensinamentos; participamos (e não “assistimos” como muitos têm o costume de dizer) desse sacrifício, recebendo o próprio Cristo. É na Missa que celebramos o que mais precioso temos: a vida, junto com os nossos irmãos. Deus vem ao nosso encontro e vamos até Ele, por Cristo, na pessoa do sacerdote. Unimo-nos, num só coração, numa só fé, num só ideal: prestar culto a Deus.
Foi na última ceia que Jesus institui a Eucaristia, ou seja, seu próprio corpo e sangue dado por nós. Foi ali que os Apóstolos entenderam como ia ser a maneira que eles iriam se alimentar do corpo e sangue do Senhor. Não como feras a comer carne, nem como vampiros a sugar sangue, mas sob a forma de pão e de vinho, Jesus inteiro, se torna vivo e real, ou seja, se torna presente.
Agora, Jesus estabelecia uma Nova Aliança, desta vez não somente com o povo hebreu, mas com toda a humanidade; não expressa pelo sangue de cordeiros, mas com seu próprio sangue que logo seria derramado na cruz para salvação de todos. A ceia era a antecipação do sacrifício da cruz. Portanto todas as vezes que participamos da Santa Missa, por meio do sacerdote, nos unimos intimamente àquele sacrifício feito uma vez por todas.
A palavra Missa não se encontra na Bíblia. No início, os cristãos a chamavam Ceia do Senhor (I Cor 11,20), Partilha do Pão (At 2,42; 20,7) e Eucaristia. Muito mais tarde, quando o latim era a língua mais falada, o celebrante terminava o ato e despedia o povo, dizendo “Ite, missa est” (do verbo latino míttere = enviar, despedir). Assim, a palavra Missa veio e ficou.
A Missa é o centro da fé, é o cerne do Cristianismo, é o coração da Igreja, é o centro do universo.
Na Eucaristia Jesus vem morar em você para ser o seu Alimento da caminhada, a Força contra o pecado, e para transformar a sua vida de homem em vida de filho de Deus.
Quando você comunga o Corpo de Cristo, você se une a Ele, de fato, e se torna membro do Corpo de Cristo, unido a todos os irmãos do céu e da terra. É a redenção do mundo!
Nos próximos artigos, tentarei explicar as partes da Missa e também dando dicas importantes para participarmos de todo coração da Santa Missa.