MINISTÉRIO DE ASSESSORIA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.
Desde do dia 15 de novembro, quando os coordenadores eleitos da PJ Arquidiocesana designaram a mim e ao meu amigo e irmão em Cristo, Eudes Inácio, a exercer o Ministério da Assessoria, que eu venho me preparando formamente e espiritualmente para exercer esta importante missão, tão esquecida pelos atuais grupos de jovens. Por isso, resolvi tecer alguns comentários desta missão.
Antes de mais nada, devemos lembrar que por trata-se de um ministério, a assessoria é um serviço. Logo, em hipótese alguma, quem for chamado por Deus a assessorar um grupo de jovem jamais deve se achar melhor ou superior a ninguém. Muito pelo contrário. O assessor deve seguir o exemplo do Assessor dos assessores, Jesus Cristo, e ser humilde e prestativo. Prepotência, arrogância e se achar o dono da verdade, o sabe-tudo, são defeitos totalmente dispensáveis a quem se sentir chamado a exercer qualquer ministério da Igreja.
Quem deve exercer este Ministério?
Na verdade, são todos homens e mulheres de boa vontade, de oração, conhecedores da Palavra e da doutrina da Igreja e de vivência da Palavra de Deus e dos Sacramentos da Igreja. É inaceitável um assessor que, por exemplo, que seja a favor do aborto ou que sequer participe da Santa Missa Dominical. O assessor deve lembrar que o testemunho de vida é essencial para exercer um bom ministério.
Além destes requisitos, o assessor deve ter o que eu chamo de óbvio: amor pela juventude. Se falta alguns destes, acredito e atesto que jamais deve assessorar um grupo de jovens. Na sociedade pós-moderna que vivemos, onde existem milhares de atrativos aos jovens, eles devem ser conquistados. E a última coisa que um jovem deseja é ter alguém mandão, grosso, sem nenhum trato e vocação para lidar com ele, na Igreja.
Em via de regra, o primeiro assessor e diretor espiritual da juventude é o Bispo e o pároco. Mas, devido a imensa missão que nossos sacerdotes possuem, religiosos e religiosas, leigos (catequistas, casais, jovens com bastante experiência de caminhada, Ministros Extraordinários da Comunhão, etc.), seminaristas, diáconos, entre outros são chamados por Deus a exercer a assessoria. A equipe arquidiocesana das Pastorais da Juventude, e dos movimentos juvenis exercem também este ministério. Porém, devido a demanda (no caso da nossa Arquidiocese de Maceió são mais de 70 Paróquias distribuídas em Maceió e mais 36 cidades), a assessoria das equipes arquidiocesanas fica muito limitada, praticamente nulas. O ideal é que cada Paróquia tenha no mínimo um assessor para está ao lado dos grupos e movimentos juvenis que lá atuam.
Algo importantíssimo devemos salientar é o papel de coadjuvante do jovem. A evangelização da juventude tem como único e exclusivo protagonista o próprio jovem. Em hipótese alguma, o assessor deve assumir o papel que é destinado por Deus ao jovem.
Em minhas andanças pela nossa Arquidiocese sou testemunha das consequências trágicas de pessoas de boa vontade que exerceram pessimamente e sem nenhum preparo este importante ministério. Vi juventude de Paróquias inteiras desaparecer, em virtude do término de um estágio pastoral de seminaristas, que errôneamente, chamaram a responsabilidade da evangelização da juventude apenas para si próprios e não se preocuparam em promover o protagonismo do jovem, reduzindo-o a mero cumpridor de suas ordens. Também testemunho irmãos e irmãs religiosas que fazem o mesmo, que se acham donas do grupo ou movimento juvenil, blidando-os, sequer deixando nós da PJ Arquidiocesana, ter contato com os jovens, impedindo-nos de exercer a missão que Deus nos confiou.
Vejo também assessores de boa vontade que ao invés de exercerem o seu Ministério, simplesmente por ignorância da sua missão, assumem o papel de coordenadores do Grupo de Jovens. Também nos deparamos com jovens-adultos, que são coordenadores vitalícios, impedindo o crescimento dos membros do seu grupo e o surgimento de novas lideranças. Por mais que tenham simpatiam pelos jovens e alguns sejam (como no caso dos seminaristas, casais, religiosos e religiosas), devem ter consciência da sua real missão, e que o protagonismo da evangelização juvenil é o próprio jovem.
A evangelização é um processo contínuo, portanto, precisar haver renovação. E o assessor deve ter consciência desta realidade e ajudar a coordenação do grupo a promover e despertar novas lideranças.

Mas nem só de péssimos assessores a Igreja é feita. Existem milhares de pessoas, leigas e religiosas, que Em nossa Arquidiocese, graças a Deus, vários são os seminaristas, casais, catequistas, membros de Comunidade de Vida, religiosos e religiosas, jovens-adultos, que exercem Divinamente este lindo ministério e deixam frutos nos Grupos e Movimentos Juvenis que assessoraram.

Em síntese, o assessor deve mostrar a direção para Cristo, Caminho, Verdade e Vida, mas quem deve trilhar O Caminho, Único e Verdadeiro, é o próprio jovem. Assessorar acima de tudo é cuidar e zelar para que o jovem trilhe corretamente O Caminho e com o seu testemunho fiel e autêntico, possa ser instrumento de Deus para tocar outros jovens a fazerem o mesmo.
Peçamos a Deus que envie mais assessores ungidos para a nossa juventude, que mesmo sendo opção preferencial da Igreja, tanto carece de atenção, carinho e cuidados.
Rick Pinheiro.
Assessor Arquidiocesano da Pastoral da Juventude, a partir de 01 de Janeiro de 2011.
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