quarta-feira, 22 de abril de 2009

ESPECIAL DNJ - DIA NACIONAL DA JUVENTUDE.



ESPECIAL
DNJ - DIA NACIONAL DA JUVENTUDE.



INDICE


CIDADANIA OU MORTE? – Padre Gisley Azevedo Gomes.
SEMANA DA CIDADANIA.
NÃO NOS CONFORMEMOS COM ESTE MUNDO. – Padre Léo.
DEZ CUIDADOS URGENTES. – Dom Orlando Brandes.
O MUNDO NÃO COMPREENDE O PECADO, EXPLICA O PAPA.
A PAZ É O FRUTO DA JUSTIÇA. – Dom Dimas.
HORIZONTE DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE.
CF 2009: VIOLÊNCIA QUE ATINGE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. – Antonio Coquito.
SEGURANÇA: TODOS QUEREM. – Dom Luiz Demétrio Valentini.
FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA. – Maria Regina Canhos Vicentin.
CF 2009: FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA SOB O MÉTODO VER, JULGAR E AGIR. – Padre Emerson Andrade de Lima.
A CAMPANHA DA FRATERNIDADE E SEUS FRUTOS. – Dom Odílio Scherer.
DESIGUALDADES CONTINUAM ACENTUADAS.
REFERÊNCIAS ÉTICAS. - Dom Luiz Demétrio Valentini.
BIG BROTHER BRASIL. – Vanderlúcio Souza.
INGÊNUOS E DESINFORMADOS – Pe. Zezinho.
HIPOCRISIA. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
" A PAZ, É VOCÊ QUEM FAZ". – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
JOVENS PÕEM EM MARCHA COLETA DE OBJEÇÕES ESTUDANTIS A EpC – Professor Felipe A quino.
VIOLÊNCIA E PERDÃO: AS LIÇÕES DA PÁSCOA. – Cardeal Odilo Pedro Scherer.
CF 2009 E JUVENTUDE.
OS PECADOS CAPITAIS NOS CEGAM PARA A REALIDADE. – Sandro Ap. Arquejada.
VOCÊ SABE O QUE É A DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA? – Professor Felipe Aquino.
AS FRENTES QUE ATACAM OS PROBLEMAS DAS DROGAS. – Odilon de Oliveira.
DROGAS. – Cláudia May Phillippi & Kleuton Izidio.
DROGAS: LIBERDADE OU ESCRAVIDÃO? – Cláudia May Phillippi.
DROGAS PELA INTERNET. – Anderson Machado.
DROGAS: O RISCO QUE PODEMOS CORRER. – Irmã Maria Eugênia da Silva.
OS OLHOS DE UM PASTOR SOBRE A FAZENDA DA ESPERANÇA. – Dom Antônio Muniz.
ORAÇÃO LIBERTANDO DOS VÍCIOS.
DROGAS E "AMOR EXIGENTE" – Dom Orlando Brandes.
DENVER, A DROGA E O MUNDO SEM DEUS. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
DISCURSO DO PAPA A JOVENS EM RECUPERAÇÃO DO VÍCIO DAS DROGAS.
A MALDIÇÃO CONTRA A JUVENTUDE. – Arthur Conceição.
AMBIÇÃO PARA QUÊ? – Escola de Formação Shalom.
VIOLÊNCIA: A RAIZ DO PROBLEMA. – Cardeal Odilo Pedro Scherer.
JUVENTUDE E VIOLÊNCIA. – Gardene Leão de Castro Mendes.
CASOS DE HOMICÍDIOS SÃO MAIS FREQUENTES ENTRE JOVENS.
O QUE É NECESSÁRIO PARA CONSTRUIR O "OUTRO MUNDO POSSÍVEL"?
O ROSTO JOVEM DAS NOVAS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS. – Monge Marcelo Barros.
QUANDO O CAPITAL DISPENSA O TRABALHO. – Antonio Alves de Almeida & Dirceu Benincá.
O VIVER MELHOR OU O BEM VIVER? – Leonardo Boff.
O TRABALHO NÃO É MERCADORIA! – Antonio Alves de Almeida & Dirceu Benincá.
A MÍDIA E A BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA. – Venício A. de Lima.
VIOLÊNCIA E VALORES. – Dom Orani João Tempesta.
DO BREJAL AO PRIMEIRO MUNDO. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
O PIOR DOS MUNDOS. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
UM JOGUINHO DE NADA. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
UMA CRISE PROFUNDA: QUÃO BAIXO CAÍSTE! – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
JOVENS SÃO ALIENADOS? – Vanilsa P. Souza.
O JOVEM E A POLÍTICA. – Irmão Luciano Osmar Menezes.
CUMPLICIDADE, MORALIDADE E ESCÂNDALO. – Escola de Formação Shalom.
A CPI E O RESSUSCITADO. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
A CAIXA PRETA, QUEM VAI ABRI-LA? – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
GATOS E RATOS: MAIS RATOS QUE GATOS. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
CORRUPÇÃO, PAINEL, CPI E OUTRAS COISINHAS MAIS... – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
OS CRISTÃOS NA CRISTA DA CRISE. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
O ENXOVAL E A MORALIDADE. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
PRÁTICAS CAPENGAS NUMA DEMOCRACIA CAPENGA. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
PONTOS PARA PENSAR. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
SOBRE A CRISE DE VALORES NA POLÍTICA. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO POLÍTICO NACIONAL.
AS BEM AVENTURANÇAS DO POLÍTICO. – Professor Felipe Aquino.
DEVEMOS RESPEITAR AS AUTORIDADES? – Professor Felipe Aquino.
O PERIGO DOS MAUS EXEMPLOS. – Célio Luparelli.
A IGREJA ANTE A OPERAÇÃO TATURANA. – Monsenhor Henrique Soares da Costa.
CARTA DE DOM ALBERTO TAVEIRA SOBRE POLÍTICA.
FAMILIA, LUGAR DA ALEGRIA!!!!! – Dunga.
MELHORES AMIGOS,MELHORES ANJOS,ESTÃO EM CASA…MINHA FAMÍLIA!!!!!! – Dunga.
A ORAÇÃO DO CASAL. – Maria Adília Ramos de Castro.
EDUCAÇÃO SEXUAL: ASSUNTO EM FAMÍLIA. – Glória Grifo de Rodriguez.
ORGULHO, O ARQUIINIMOGO DO PERDÃO. – Dado Moura.
FAMÍLIA, MUITO MAIS QUE UM CONJUNTO DE PESSOAS. – Professor Felipe Aquino.
COMUNICAÇÃO POBRE, RELACIONAMENTO VAZIO. – Dado Moura.
REBELDIA X OBEDIÊNCIA. – Monsenhor Jonas Abib.
AUTOCONTROLE EM CASA. – Adriana Pereira.
RETRATO DE FAMÍLIA. – Monge Marcelo Barros.
O BIG BROTHER E OS NOSSOS FILHOS. – Monsenhor Henrique Soares.
MALHAÇÃO – Monsenhor Henrique Soares.
TV E CRIANÇAS: UMA RELAÇÃO CONFLITUOSA.
FORMAR OS FILHOS NAS VIRTUDES. – David Isaacs.
EDUCAR OS FILHOS PARA A SANTIDADE. – Escola de Formação Shalom.
O JUIZ DA FAMÍLIA, A IGREJA, OS HOMOSSEXUAIS. – Monsenhor Henrique Soares.
PALAVRAS A UM JOVEM HOMOSSEXUAL. – Professor Felipe Aquino.
SOBRE A HOMOFOBIA (REJEIÇÃO DO HOMOSSEXUALISMO) – Jonathan I. Katz.
RACISMO - ÉTICA CRISTÃ. – Clives Sanches.
A DIGNIDADE DA POPULAÇÃO NEGRA. – Vilma Reis.
A NEGRITUDE E A LIBERDADE. – Monge Marcelo Barros.
SOBRE O RACISMO NO BRASIL. – Professor Felipe Aquino.
A JUVENTUDE NEGRA QUER VIVER! – Thais Zimbwe.
DICA DE FILME: MANDELA: A LUTA PELA LIBERDADE. – Rick Pinheiro.
A IMBECILIDADE DE BRIGAR POR CAUSA DE UM TIME. – Rick Pinheiro.
PAGAMENTO DO REINO É IGUAL PARA TODOS. – Padre Raniero Cantalamessa.
TRABALHO E ORAÇÃO – Sheila Morataya-Fleishman.
PAPA PEDE QUE JOVENS ESTEJAM FORA DA MODA, QUE PASSA RAPIDAMENTE.
O TRABALHO NA SOCIEDADE DO DESEMPREGO. – Monge Marcelo Barros.
QUATRO "ERRES" CONTRA O CONSUMISMO. – Leonardo Boff.
A BELEZA DO FEMININO SALVA A HUMANIDADE. – Padre Rinaldo Roberto de Rezende.
MULHER: DOM E TAREFA. – Dijanira Silva.
MULHER SEGUNDO DEUS: PESSOA - COMUNHÃO - DOM. – Papa João Paulo II.
SEXO FRÁGIL, CONQUISTAS HERÓICAS. – Sandro Ap. Arquejada.
MULHER. – Ana Luiza.
MULHER DE DEUS. – Margarete Rabelo.
MÁSCARA MUNDANA DO SEXO SEGURO. – Julie Maria.
O PECADO NÃO ESTÁ NA CAMISINHA. – Dom Cristiano Jakob Krapf.
POR AMOR À VIDA, USE CAMISINHA. – Monsenhor Henrique Soares.
O MUNDO PRECISA DO GÊNIO FEMININO. – Dom Javier Echevarría.
A MANIPULAÇÃO DO DIA DA MULHER. – Professor Felipe Aquino.
A MULHER E A MORAL CRISTÃ. – Professor Felipe Aquino.
UM NOVO E SAUDÁVEL FEMINISMO. – Professor Felipe Aquino.
POR QUE TANTO ESTUPRO? – Professor Felipe Aquino.
AS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA TÊM IDADE, CLASSE SOCIAL E COR. – Tábata Silveira & Maria Aparecida de J. Silva.

CIDADANIA OU MORTE?



A juventude brasileira, organizada em inúmeros grupos nas comunidades, escolas, campo, periferias, aglomerados, assentamentos, entre outros lugares e formas de encontro iniciam hoje a Semana da Cidadania. Coloca-se em pauta a criminalização dos/as jovens com o desejo de fomentar uma grande marcha em prol da vida: JUVENTUDE EM MARCHA CONTRA A VIOLÊNCIA. Estamos no ano da escuta dos/as jovens em seu lugar vital. Esta escuta tem sido muito dolorosa porque a situação de vulnerabilidade jovem é imensa tanto quanto a violência à que estão sujeitos cotidianamente. Eis alguns relatos:



- Natal, Rio Grande do Norte, janeiro de 2009 – 9º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude: uma jovem, indo almoçar num restaurante bem perto do Colégio Marista, onde se realizava o encontro, fora abordada por jovens que lhe queriam tomar o celular. Mesmo que ela estivesse rodeada de amigos!


- Bom Jesus da Lapa, Bahia, janeiro de 2009 – 3º Congresso Nacional da Pastoral da Juventude do Meio Popular: ao tempo todo éramos alertados para cuidar-nos e nunca subir sozinhos as pedrarias do morro que da beleza e encanto ao Santuário de Bom Jesus da Lapa porque nas trilhas há muito perigo de roubos.


- Orizona, Goiás, março de 2009 – Um jovem negro, liderança da Pastoral da Juventude Rural sofrera tentativa de extorsão e chamara a polícia. Ao chegar, a polícia deixa de lado o acusado da infração criminosa e aborda a vítima da extorsão como se fosse ele o acusado, interrogando-o sobre a origem do seu dinheiro e da computador em suas mãos. Isso porque é um jovem negro- relatou o jovem ao desabafar a humilhação sofrida pelos que são funcionários para garantir a paz e integridade de qualquer pessoa!


- Catú, Bahia, março de 2009 – Assembléia Nacional da Pastoral da Juventude Rural: alguns jovens, saindo à noite, mesmo estando em grupo sofreram tentativa de assalto numa pacata cidade que fica aproximadamente 2hs de Salvador. Aprofundando, as estatísticas apontam que ela está entre as 5 cidades mais violentas do Brasil.


- Viçosa, Minas Gerais – 6ª feira da Paixão de 2009 – Quando D. Eurico fazia o sermão de descida da cruz e falava da violência nos dias de hoje, um jovem é assassinado com quatro tiros na cabeça no quarteirão da frente da igreja.



E você, que situações de violência tem presenciado em sua realidade? Junte a juventude e aprofunde esta realidade.



Nesta semana, é importante reunir a comunidade para conhecer e aprofundar as conseqüências da violência em nosso país. A Campanha da Fraternidade deu passo significativo para nos ajudar a agir nesta dura realidade. Queremos continuar em marcha, num só mutirão de defesa da vida. Neste tempo da Páscoa de Cristo, queremos olhar para os jovens crucificados e mortos diariamente. São mais de 50 no Brasil! Que horror, que terror. Estamos vivendo em período de guerra nem nos damos conta! Na Páscoa de Cristo, queremos experimentar a libertação de nossos jovens sofrem com a criminalização.



Abrace esta campanha a partir dos conselhos de S. Paulo Apóstolo: sustente sua “fé por meio de obras” que garantam a vida de nossos/as jovens.



Com o coração apertado e dolorido por tantas corpos matados e vidas ceifadas, que nesta Páscoa o Senhor Ressuscitado alimente nossa vida para o compromisso com o povo de Deus que busca a terra onde corre leite e mel.



Boa Semana da Cidadania. Envie ao Setor Juventude (juventude@cnbb.org.br) relatos das atividades da semana e ações realizadas para defender a vida dos/as jovens.






Pe. Gisley Azevêdo Gomes
Assessor Nacional Setor Juventude - CNBB





Disponível em: http://www.pjtaubate.org/2009/artigos.php?op=ArtExibe&idArt=29

SEMANA DA CIDADANIA.


A Semana da cidadania é um evento voltado para todos e todas os adolescentes e jovens do município. É uma atividade ecumênica, realizada com todos e para todos.

É um exercício concreto de trabalho com os diversos segmentos da sociedade. Nasceu em 1995 e é coordenada pelas Pastorais da Juventude do Brasil, marcada por atividades a favor dos adolescentes e jovens. A cada ano cresce mais e mais. Por isso:

1. As atividades precisam ser convocadas com antecedência, através dos meios de comunicação, de visitas às escolas, aos outros grupos das igrejas.

2. Devemos realizar uma atividade de abertura da Semana: espetáculo cultural, caminhada, atividades nas escolas ( concursos de cartaz, de redação...).

3. Precisamos registrar as atividades com filmagens, fotografias, relatórios para, depois, comunicar os resultados à comunidade.

4. É bom encaminhar as notícias para o Jornal Juventude e os dados para a Secretaria Nacional da Pastoral da Juventude do Brasil.


O Que Pode Ser Feito na Semana da Cidadania?

Segue, abaixo, algumas dicas extraídas do site da CNBB de como poderá ser realizado a semana da Cidadania na sua comunidade, bairro, escola e cidade.

1. Campanha de doação de sangue: em parcerias com a Secretaria de Saúde, convoquem e motivem os jovens para a doação. Trabalhem os valores da solidariedade, da doação de si para que o outro tenha mais vida.

2. Estudos sobre a realidade do município: número total de adolescentes e jovens; número de analfabetos; número de jovens presos ou cumprindo medidas sócio-educativas. Identifiquem as áreas de lazer e de cultura da região. Façam um mural com os dados obtidos e o apresentem nos colégios e igrejas.

3. Organizem espaços de lazer ou espetáculos de cultura para despertar os adolescentes e jovens sobre os seus direitos.

4. Favoreçam a que os adolescentes e jovens tenham documentação, solicitando ajuda aos órgãos competentes.

5. Criem grupos de jovens nas comunidades rurais e urbanas, escolas, comunidades indígenas e outros ambientes.

6. Fomentem espaço de escuta a adolescentes e jovens sobre seu projeto de vida.

7. Trabalhem pela Cultura da Paz, em sintonia com a Década de Superação da Violência, das Igrejas Cristãs no mundo.

NÃO NOS CONFORMEMOS COM ESTE MUNDO.


Efésios 2, 1-3. Não podemos nos conformar com esse mundo, por isso o cristão deve ser amoldado pelo fogo, pois o que é moldado com fogo não derrete. E o inimigo não poderá vencê-lo.

O mundo quer que você se conforme e se preocupe com o exterior, para assim, cair com mais facilidade ferindo o coração de Deus, pois o que mais machuca o coração de Jesus é o pecado cometido pelas almas consagradas.
O maior sonho do encardido é infiltrar no nosso coração, para depois ir nos devorando aos poucos. Todo aquele que se conforma com o mundo tem seus ídolos instalados no coração, que constantemente os leva a cair em pecado.
O endurecimento do nosso coração nos afasta de Deus, e lentamente o inimigo age em nós, descobrindo nossa força para destruí-la.
Temos que ser geração João Paulo II e não geração Big Brother, que para vencer tem que eliminar alguém. Dezenove milhões de brasileiros têm a coragem de gastar dinheiro com esse programa, ao invés de gastar o dinheiro ajudando alguém.
É uma sociedade de gente frívola, que infelizmente se reproduz em muita gente. Não podemos ensinar para as pessoas que os fins justificam os meios, isso é filosofia demoníaca, e o pior é que muitos católicos estão viciados nestes programas, isso é triste.
A felicidade dessa sociedade é o prazer a qualquer preço, por isso que o Big Brother tem o prazer mais não tem alegria, precisamos eliminar de dentro do nosso coração todo o mal, esse é o primeiro passo para não nos conformamos com esse mundo.
Os valores estão sendo jogados de lado, não temos mais amizade, precisamos eliminar da nossa vida esses valores consumistas, em que a pessoa vale pelo que tem. Não se venda a qualquer preço, você vale o sangue de Jesus, não pense que tomando a decisão de desistir desses programas vazios vai ser fácil, o combate será constante, custa sangue, mas pela perseverança na fé e na misericórdia do Senhor você vencerá.
Padre Léo

DEZ CUIDADOS URGENTES.


Como a mãe cuida do bebê, precisamos saber cuidar da nossa sobrevivência no planeta. Cuidar é um jeito concreto de amar. A cultura da morte que nos envolve torna mais urgente o cuidado com a vida. Dez cuidados vão garantir nossa sobrevivência. Quem ama cuida.


1. Cuidado com o planeta. Precisamos de uma alfabetização ecológica e rever nossos hábitos de consumo, nossa visão de desenvolvimento. Foi decretado o princípio de destruição da natureza. Nós brasileiros temos uma missão especial em relação à Amazônia. Quem destrói a natureza são grandes potências. Mas, nós podemos evitar a epidemia da dengue e cuidar da irmã água. Pequenos cuidados levam a grande resultados.


2. Cuidado com as cidades. As metrópoles, a urbanização, a vida na cidade é um sinal dos tempos que pede nossa atenção. Deter o êxodo rural, criar empregos e humanizar a cidade é tarefa urgente. Cuidar da cidade é cuidar de 76% dos brasileiros. Hoje cidade é sinônimo de droga, violência, fome, desemprego.


3. Cuidado com a sociedade sustentável. Sem um desenvolvimento social, ético e espiritual, o consumismo acabará nos consumindo a todos. O mundo pode ser diferente.


4. Cuidado com o outro. É preciso sair da subjetividade e arrogância, para a alteridade. O outro fala, provoca, evoca e convoca nosso eu para resposta, o diálogo, o ecumenismo, a compaixão. Viver é conviver com o outro, com o diferente. Para cuidar do outro é preciso sair de si, estar fora de si e encontrar-se no outro. Quanto mais servimos mais nos realizamos, mais nos encontramos. No altruísmo está nossa felicidade e iluminação.


5. Cuidado com os pobres. Aumenta a pobreza e surgem “novas pobreza”. Não se pode combater a fome e a pobreza, apenas corrigindo os efeitos das estruturas sociais, é preciso ir às causas. Dizia Dom Helder: “Quando falo dos pobres vocês me chamam de santo, mas quando falo das causas da pobreza vocês me chamam de esquerdista”.


6. Cuidado com a saúde. Sabemos que saúde é o bem-estar físico, psíquico, social, espiritual, é uma atitude de vida.ser saudável é também enfrentar saudavelmente a doença e ter um sentido para vida. Muitas doenças têm sua origem no pecado. Então, a conversão é também caminho de cuidado e zelo pela saúde.


7. Cuidado com a família. A salvação da pessoa e da sociedade está estreitamente ligada ao bem-estar da família que é uma comunidade de amor e do cultivo de vida. A finalidade da família é a continuação do gênero humano, o aperfeiçoamento pessoal, a prosperidade da sociedade, a sorte eterna de cada um. O futuro do mundo passa pela família.


8. Cuidado com os valores perenes. A alma, Deus e a eternidade são valores que não passam. Cuidar da alma é cuidar das emoções, dos sentimentos, dos desejos, dos sonhos. Os valores conferem sentido à vida e alimentam a esperança. A perda de valores é causa de vazios, doenças e violências.


9. Cuidado com a espiritualidade. É a abertura para Deus, para a mediação, a oração, a experiência religiosa. Sem Deus o homem acaba construindo um mundo contra si mesmo. Fé e razão são duas asas que elevam o ser humano ao encontro com a verdade. Sem espiritualidade o homem é alguém desencontrado, sedento, doente, um anormal que entrou num beco sem saída.


10. Cuidado com a morte. Desde que nascemos estamos morrendo. Ao morrer acabamos de nascer. Morremos para viver, é o trânsito para a plenitude, a ressurreição. Cuida da morte quem tem sentido que damos à vida depende do sentido que damos à morte. Quem não pensa na morte acaba banalizando a vida.


Cuidar é uma atitude de amor, de responsabilidade, de altruísmo. O cuidado é o zelo, o valor, a estima que damos às pessoas e às coisas. O cuidado é o oposto do egoísmo e significa altruísmo, benevolência, sensibilidade. Deus cuida de nós com amor de mãe, com carinho e atenção, por isso nos corrige, adverte e convoca à conversão. Amor é cuidar do amado. O cuidado excessivo é prejudicial porque cria dependência, apego, infantilismo. Por outro lado, não ter cuidado denota desprezo, desleixo, rejeição, apostólica. Cuidado é apreço, delicadeza, solidariedade.


Dom Orlando Brandes,
Arcebispo de Londrina



Fonte: CNBB


http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=2860

O MUNDO NÃO COMPREENDE O PECADO, EXPLICA O PAPA.



O Papa Bento XVI escreveu uma mensagem em que defende que o mundo atual não compreende o pecado e perdeu o sentido do mesmo, pelo que é urgente "formar retamente a consciência" dos crentes.



O Santo Padre dirigia-se ao Cardeal James Francis Stafford, penitenciário-mor e aos participantes no XX curso para o foro interno, promovido pela penitenciaria apostólica, no Vaticano.



A mensagem de Bento XVI salienta que, no nosso tempo, "formar retamente a consciência dos crentes constitui sem dúvida uma das prioridades pastorais, porque na medida em que se perde o sentido do pecado, aumentam, infelizmente os sentimentos de culpa que se desejariam eliminar com remédios paliativos insuficientes".



Formação de consciência



O Papa afirma depois que, para a formação das consciências, contribuem múltiplos e preciosos instrumentos espirituais e pastorais que devem ser cada vez mais valorizados; entre eles, evidencia a catequese, a homilia, a direção espiritual, o sacramento da Reconciliação e a celebração da Eucaristia.



"Uma adequada catequese, salienta Bento XVI, oferece um contributo concreto para a educação das consciências estimulando-as a perceber cada vez melhor o sentido do pecado, hoje em parte descurado ou pior ainda ofuscado por uma maneira de pensar e de viver como se Deus não existisse, e que denota um relativismo fechado ao verdadeiro sentido da vida".



À catequese, prossegue depois a mensagem do Papa, deve unir-se "um uso sapiente da pregação". Nesse sentido, recorda que a homilia, que com a reforma do concilio Vaticano II adquiriu o seu papel "sacramental no interior do único acto de culto constituído pela liturgia da Palavra e da liturgia da Eucaristia", é sem duvida a forma de pregação mais difusa, com a qual cada Domingo se educa a consciência de milhões de fiéis.
"Para formar as consciências, acrescenta depois Bento XVI, contribui também a direção espiritual, um importante serviço eclesial para o qual é necessária sem dúvida uma vitalidade interior que se deve implorar como dom do Espírito Santo mediante intensa e prolongada oração e uma preparação especifica que se deve adquirir com cuidado".






Disponível em:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/

A PAZ É O FRUTO DA JUSTIÇA.


Além das violências que vimos na primeira pregação, existem outros tipos de violências: a social, que é a pobreza, o desemprego, e ainda existe também no Brasil o trabalho escravo, e tráfico de pessoas que são comercializadas sexualmente, ou comercializam os seus orgãos.
O Catecismo trás o conceito da objeção de consciência, isso significa que um trabalhador pode desobedecer se o que lhe é mandado vai contra sua moral; exemplo: uma enfermeira não é obrigada a aplicar uma injeção, da qual ela tem consciência que tem função abortiva.

Todos conhecem a história de João Batista, que morreu por causa de Salomé. Mas, embora Herodes houvesse prometido a Salomé qualquer coisa, ele podia negar, porque era um pedido que ia contra sua conduta.

Como católicos precisamos ser profissionais competentes, mas precisamos denunciar aquilo que vai contra a nossa fé. Hoje, conheço bispos que são ameaçados porque defendem o Evangelho.

Há uma dimensão muito séria: o medo. Estamos vivendo em uma sociedade do medo, onde se desenvolve a indústria do medo. As pessoas buscam segurança, colocam nas suas casas cerca elétrica, alarme, câmera, vigia. Não que esteja errado, estão certas em protegê-las, mas precisamos combater esta violência.

Há também violência no trânsito, será que é preciso ter uma lei, para convencer que não pode dirigir com "cerveja na cabeça", isso é vergonhoso. E aí existe também a violência contra o policial. No Rio de Janeiro o policial precisa esconder que é policial com medo de morrer.


‘A paz é fruto da justiça’. Os profetas sempre iam a favor das pessoas desfavoráveis. E se fala na Bíblia que era preciso ajudar os órfão e as viúvas.

Tudo na Igreja precisa do Espírito Santo, porque se não entra o espírito do porco.

Gosto de ver; lá em Brasília como os carros respeitam os perdeste, quando verei isso no Rio de Janeiro e em São Paulo?

Correção fraterna, tem gente que gosta de chamar a atenção, mas não sabe receber correção.

O pecado original está em querer se igualar a Deus, a salvação vai na direção contrária, olhemos para Jesus que foi sempre obediente até a morte de cruz. Isso é andar na contra mão. Viver , andar, amar como Jesus.

Somos convocados a ser construtores da paz. Somos chamados a viver e sentir como Jesus, é preciso está disposto sempre a dialogar. Precisamos ter coragem de ser criativos para denunciar as violências.

Tenho uma amiga, que resolveu fazer a pastoral do ponto do ônibus, ela disse que ficava muito tempo parada lá e resolveu falar de Jesus. E quantos jovens ela evangelizou ali.



Dom Dimas
Secretário Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)







Disponível em:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?cod=2279&pre=5955

HORIZONTE DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE.

A Campanha da fraternidade surgiu a mais de 40 anos, e não existe essa campanha em outros países, apenas em alguns países da América Latina fazem um trabalho semelhante ao do Brasil. O Papa todos os anos nos manda uma mensagem de incentivo para vivermos a quaresma , o que vem de encontro com a vivência da campanha da fraternidade.


Existem mais de 30 projetos a favor da vida e da família, e nós temos que estar de olhos abertos para que não seja aprovado nenhum projeto que vá contra a vida e contra a família. E a Igreja precisa estar sempre em vigilância, porque existem projetos que querem regulamentar o aborto, depois a eutanásia.

O Papa Paulo VI tinha uma frase que dizia assim: “Construir a civilização do amor”. Existem áreas que não são nenhum pouco entusiasmadas, e nós sabemos que os presídios são uma dessas. As pessoas têm medo das cadeias, porque é um ambiente brutalizado, mas também pelos que estão lá, Jesus derramou o seu sangue.

Quem já entrou em um necrotério viu cenas que lembram o inferno. Eu comecei uma pastoral, para estar ali no necrotério, para ouvir, ser um ombro amigo, orar por aquelas mães que ali chegam para procurar seus filhos.

A pastoral da consolação é aquela, que alguém vai com a Palavra do Evangelho mostrando que somos mais que vencedores e que a vida não termina aqui. Ali se encontra um terreno fertilíssimo, e muitos acham que isso não é importante.

O nosso objetivo é reconhecer a violência e buscar a cultura e fortalecer a paz. As maiorias dos nossos drogados não estão todos na fazenda da Esperança, eles estão por todos os lugares. E nenhum governo quer cuidar desses jovens, e nós não estamos conseguindo ajudar os nossos jovens dentro das nossas próprias casas.


Precisamos recorrer às armas do Espírito Santo, porque cada vez que recorremos a armas dos homens entramos sempre num retrocesso. Todos têm o direito de receber o anuncio, e nós temos o mandado, de ir a todos.

Numa paróquia que eu trabalhei nós tínhamos a pastoral da saúde e visitávamos as casas. Em uma dessas casas tinha uma senhora que os filhos tinham colocado a mãe num quartinho nos fundos, onde havia ratos mordendo o seu corpo. Foi preciso entrar com uma ação judicial para tirar aquela senhora daquele lugar. Outro lugar são os asilos, boa parte desses velhinhos são pais e mães órfãos de filhos vivos.

No conselho tutelar, como seria bom se tivessem mais pessoas que tem a Bíblia no coração, onde não agem com o espírito de vingança e sim com uma mensagem de restauração.

Como é gostoso ver Jesus numa criança limpinha e perfumada. A gente se derrete quando as vê, mas como é difícil ver Jesus em um "trombadinha”? Vamos falar um pouquinho da questão do conflito que pode ter múltiplos aspectos. Qual é o maior mandamento? Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Aquele que diz que ama a Deus que não vê e odeia o seu irmão que vê é um mentiroso(I Jo 1). Tem gente que não se ama, que está sempre de mal com a vida, pessoas que não se perdoam que não estão satisfeita com o que são. Eu coloco o fato das tatuagens, daqueles que marcam todo o corpo. Será que não é porque não estão satisfeitas consigo mesma, porque querem ser diferentes?

E Jesus diz:“Eu vos dou um novo mandamento; Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”(Jo 15,12). Ele sabe o quanto, somos incapazes de amar e por isso, nos dá o seu coração que foi capaz de amar a ponto de dar a própria vida.

As doenças muitas vezes são muitas vezes somátizadas, e o perdão e a cura interior são extremamente necessários.

Como é que vamos superar esses conflitos? Saber dialogar, onde se faz este tipo de trabalho entre os casais, onde não é preciso ser psicólogo, mas sim ter bom senso, paciência para ouvir ambas as partes. É preciso saber o motivo, porque tem gente que briga sem saber o porquê está brigando.

É preciso identificar onde está o problema, porque muitas vezes é um problema imaginário. É preciso ter compromisso ético, e grande respeito à vida. O ser humano vale porque ele é a única criatura que Deus quis ser em si mesmo. Precisamos anunciar a dignidade da pessoa humana.






Disponível em:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?cod=2279&pre=5954&tit=Horizonte%20da%20Campanha%20da%20Fraternidade

CF 2009: VIOLÊNCIA QUE ATINGE CRIANÇAS E ADOLESCENTES.


A infância cada vez mais cedo no mundo da criminalidade.

A proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil- CNBB - na Campanha da Fraternidade deste ano, ao chamar a atenção para os caminhos e descaminhos da violência nos provoca a um olhar atento e comprometido com nosso cotidiano, e em especial, com a população infanto-juvenil. Como o tema "Fraternidade e Segurança Pública" e o lema "A paz é fruto da justiça", a temática põe em destaque a reflexão em torno de um quadro de agressões cotidianas no campo social, político, econômico e cultural; que impedem a concretização de uma sociedade inclusiva e cidadã.

A pobreza ou ser pobre não quer dizer ser violento, mas a negação das condições dignas de sobrevivência, em si já contribuem para o estado de violência. Dados o relatório da Situação Mundial da Infância -2008, do Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF, apontam para a existência de cerca 60 milhões de crianças e adolescentes no Brasil, que correspondem a aproximadamente um terço da população. Destes, muitos vivendo em situação social crítica e acometidos por todos os tipos de violência.

Da temática e do cenário, destacamos um alerta presenciado todos os dias nos noticiários e em nosso cotidiano: o envolvimento cada vez mais precoce de crianças e adolescentes com o mundo do crime organizado e do narcotráfico. Neste sentido, a afirmação popular de que crianças e adolescentes têm uma vida pela frente, muitas vezes, não está se confirmando na prática. A realidade tem mostrado que elas são vítimas da violência em suas múltiplas faces. Nossa infância convive com um conjunto de vulnerabilidades como o abandono, as agressões, maus tratos, trabalho infantil, exploração sexual, negação do direito à educação, pedofilia na internet, drogas e criminalidade.

O desafio do debate é irmos além! A sociedade brasileira precisa assumir seu papel protagonista no debate e intervenções nas políticas públicas para a reversão das condições de vulnerabilidade social. Estas que se dão na união de esforços com organizações não governamentais - ONGs, órgãos governamentais, entidades nacionais e internacionais, fóruns e redes na preocupação com o futuro da população infanto-juvenil.

Constatação e atitude

A Relatório Violência nas Cidades da Organização das Nações Unidas -ONU afirma que a violência no Brasil é jovem. Esta análise vai ao encontro dos dados do Mapa da Violência, que de 1996 a 2006 aponta o aumento dos índices que acometem a população de 15 a 24 anos No período citado, houve um acréscimo de 31,3%, ou seja, os homicídios juvenis subiram de 13.186 (treze mil cento e oitenta e seis) para 17.312 (dezessete mil trezentos e doze). Ao lado destes, um número crescente de crianças envolvidas com o mundo da criminalidade é outra constatação da ONU. Cita o documento "crianças de 6 anos já fazem parte de quadrilhas do crime organizado com a função de carregar drogas". Unindo-se a estes dados, um estudo da Organização Internacional do Trabalho - OIT, sinaliza que 15% dos jovens que trabalham no tráfico têm entre 13 e 14 anos.

Outro dado da ONU é que o Brasil é o país em que mais se morre e mais se mata com arma de fogo no mundo. Os dados da entidade mostram que, só em 2003, foram 36 mil mortos a tiros (em 2004, este número caiu para 32 mil). A cada dia, morrem em média cem brasileiros - 40 são jovens - vítimas das armas de fogo. A população brasileira representa 2,8% da população mundial, mas responde por 7% dos homicídios por arma de fogo em todo o mundo, morre-se mais por arma de fogo (29,6%) do que por acidente de trânsito (25,1%). A taxa de homicídios por arma de fogo no Brasil é cinco vezes mais alta do que nos EUA, um país violento.

Os dados preocupam. Eles trazem à tona a urgência para a efetividade de políticas preventivas com crianças e adolescentes. Por trás dos índices, estão populações em estado de vulnerabilidade total, "presas" fáceis do crime organizado e do narcotráfico. Esta radiografia da violência está denunciando e pedindo emergência de respostas.

Preocupado com a conjuntura, o oficial de projetos para adolescentes do UNICEF Mário Volpi aponta que "infelizmente a presença de crianças e adolescentes em conflitos armados, no tráfico, na prática de atos infracionais vai se tornando banal e adquire ares de normalidade". Ele fala da necessidade e urgência de atitudes "é preciso que o Estado, a família e a sociedade se escandalizem, fiquem indignadas e promovam políticas e ações que permitam às crianças e aos adolescentes se desenvolverem num ambiente de respeito aos seus direitos e à sua dignidade humana".

De acordo com Volpi "o assassinato de adolescentes no Brasil é maior que muitos países que estão em guerra". O cenário de cooptação da força ativa da sociedade -nossas crianças, adolescentes e jovens- pelo crime organizado e pelo tráfico de drogas merece atenção de todos os defensores e promotores dos direitos, seja nas entidades e nos governos. O oficial de projetos adverte "não podemos abandonar nossos adolescentes nas mãos de justiceiros, grupos de extermínio, falsos policiais e políticas paralelas de eliminação sumária". Para Volpi uma grande mobilização social contra o assassinato de adolescentes e a responsabilização de assassinos, somados ao desenvolvimento de políticas de prevenção é a tarefa mais urgente. "Precisamos debater o tema" atenta Volpi.

Políticas Públicas e a CF 2009

O cenário de pobreza, desemprego, desigualdade social e explosão demográfica das cidades têm favorecido a cultura da violência. Estes dados são apontados como agravantes no Relatório Violência nas Cidades da Organização das Nações Unidas - ONU. Os dados conjunturais do documento citado sinalizam uma radiografia preocupante que refletem diretamente nas formatações das políticas públicas.

Os conselhos de políticas públicas, a sociedade civil e as gestões municipais, estaduais e federal devem considerar estes fatores causadores e suas diversas soluções. Estas que exigem ações amplas e com visões interconectadas. Neste sentido, Volpi fala da necessidade de que "os governos precisam investir na integração de ações da educação, da saúde, da assistência social, da cultura, do esporte e do lazer de forma a garantir que os adolescentes tenham espaços seguros e protegidos para o seu desenvolvimento". Ele reconhece a existência de programas na área, mas sinaliza "muitos estão atuando isoladamente e sem resultados efetivos". E complementa as cidades precisam ser reorganizadas a partir de ações integradas para poder contribuir com a participação e o desenvolvimento de cada adolescente".

A CF 2009 sinaliza o caminho da construção da cultura de paz e da cidadania alicerçada em Isaias na afirmação de "a paz fruto da justiça (Is 32,17). O documento texto-base da CF 2009 fala da necessidade dos espaços de controle social e elaboração política "a segurança é uma questão sóciopolítica que envolve a todos. Nenhum elemento da sociedade organizada deve ser excluído do processo ou eximir-se de sua responsabilidade". O texto conclama a que "todos devem, portanto, colaborar na criação e na construção da ordem justa, sem a qual a paz é ilusória e não há segurança".Brasil debaterá soluções para a violência em 2009

A violência e construção da cultura de paz estará na agenda sociedade brasileira em 2009. Somando-se ao debate da Campanha da Fraternidade - CF 2009; o governo federal, numa ação articulada com entidades da sociedade civil, forma a REDE DESARMA BRASIL, e reedita a Campanha do Desarmamento. Junto a estas agendas, acontecerá neste ano, em todo o território nacional, as Conferências de Segurança Pública (Municipais, Estaduais e Nacional) com o objetivo de analisar os cenários e indicadores, a gravidade do tema e apontar políticas públicas de reversão do quadro.

As entidades que compõem a Rede Desarma Brasil lançaram uma cartilha denominada "Segurança Pública Cidadã. Nela, há uma preocupação com a situação que envolve crianças e adolescentes. No documento, em seu capítulo "O impacto da violência em crianças e adolescentes", destaca "quando verificamos que estamos perdendo muitos de nossos jovens para o crime, cabe a pergunta: qual a nossa responsabilidade neste processo, como cidadãos integrantes da sociedade civil brasileira, o que podemos fazer para ajudar a reverter este quadro?"

Se a violência é um problema, a educação é a solução. A cartilha citada constata que uma análise quantitativa da presença de crianças e adolescentes na escola pode levar ao erro. Cita o documento "o Brasil possui aproximadamente 97% de suas crianças na escola. Porém, quando procedemos a uma análise qualitativa concluímos facilmente que a escola não tem conseguido manter muitos dos adolescentes estudando". Conclui análise percebendo que é na adolescência que acontecem os grandes índices de evasão escolar.



Antônio Coquito
Jornalista socioambiental


Fonte: Adital

SEGURANÇA: TODOS QUEREM.


Há um fato novo na Campanha da Fraternidade deste ano sobre a Segurança Pública. Mal lançado o tema, ele já conta com a adesão espontânea da sociedade. Todos estão de acordo com a urgência de superar o clima de insegurança que vai se generalizando em toda parte, nas famílias, nas instituições, em toda a sociedade. Este sentimento de urgência vem acoplado a outro, que também vai se firmando com clareza: a superação da insegurança só é possível se todos nos colocamos de acordo para enfrentar juntos o problema. Pois ele ultrapassou as fronteiras das famílias, e extravasou para a sociedade, como mancha de óleo que foi contaminando todos os ambientes, trazendo prejuízo generalizado. A segurança nos coloca a todos num mesmo barco, que não pode ir à deriva.


Ao mesmo tempo, vai emergindo outra constatação importante: não será fácil reverter a situação. Não basta enfrentar os sintomas da insegurança. É preciso ir às suas causas. E aí todos começam a sentir o desafio de retomar valores éticos que foram abandonados, seja no âmbito do relacionamento familiar, que faz as crianças apelarem cedo para a violência no próprio ambiente escolar, e jovens ignorarem os limites do respeito e desprezarem os direitos dos outros.


A recuperação do clima de segurança será fruto, portanto, de um longo trabalho de reeducação de toda a sociedade, num mutirão que precisará ir envolvendo a todos, numa lenta e progressiva recuperação de valores, junto com uma ação atenta, sistemática e perspicaz do poder público, que coíba firmemente as práticas lesivas ao bem comum, e estimule a ação responsável dos cidadãos.


Uma campanha sobre a segurança pública nos alerta, de imediato, que é preciso ir às causas. E perceber que são muitos os fatores que estão em jogo.


Neste sentido, o lema da campanha, alertando que a paz é fruto da justiça, não traz só o recado objetivo, sabido de todos, mas nunca colocado em prática, de que sem justiça não haverá paz verdadeira. No contexto do tema, de que o lema está a serviço, a vinculação da paz com a justiça tem a intenção de sublinhar o nexo indispensável existente entre segurança pública e valores éticos, entre os quais a justiça é o mais abrangente.


Um lema, portanto, que ajuda a mostrar a complexidade do tema, e alerta para a diversidade de ações que precisam ser empreendidas.


Assim, está feita a proposta de uma campanha da fraternidade que vem ao encontro de um anseio generalizado da sociedade, e que se apresenta com a responsabilidade de quem convida para a participação.


Neste contexto fica ressaltada a importância da iniciativa da Igreja Católica, que em cada ano propõe assuntos muito pertinentes, convidando toda a sociedade para a reflexão e ação conjunta.


É um bom serviço que a Igreja tem condições de realizar, mostrando inclusive como os princípios que a guiam na sua razão de ser e de atuar, se constituem em valores que precisam impregnar a própria sociedade, como agora se constata nesta campanha da fraternidade sobre a segurança pública.


É bom o Congresso Nacional ter presente esta colaboração da Igreja, na hora de votar, neste ano, o recente "acordo" feito entre o Governo Brasileiro e a Santa Sé, e que ainda depende da aprovação do parlamento brasileiro. O que a Igreja busca não são privilégios, mas simplesmente condições de fazer bem o serviço que ela é chamada a prestar em benefício de toda a sociedade.






Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales, São Paulo.



Fonte: www.adital.com.br



Disponível em:
http://www.revistamissoes.org.br/artigos_ler.php?ref=2768

FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA.


O tema escolhido para a campanha da fraternidade deste ano está relacionado à violência e à segurança pública. Tem a intenção de fazer com que reflitamos sobre nossos problemas sociais internos, para resolvê-los da melhor maneira possível. Sempre lembrando que violência não se vence com violência, e que somos responsáveis diante desse problema e da promoção de uma cultura de paz. Assim, precisamos nos engajar na construção de uma sociedade mais justa e que garanta a segurança dos cidadãos.

Peço licença para ser um tanto ousada neste texto, e ressalvo que tenho a intenção apenas de suscitar a reflexão. Recebi inúmeros e.mails referentes ao artigo: Mulher moderna, publicado em alguns jornais na semana passada. Nele, eu fazia referência à identificação feminina com o masculino, salientando que as mulheres estão cultivando valores e percepções masculinas, numa tentativa de se apropriar desse universo. Sugeria que a sensibilidade está sendo pouco a pouco soterrada, vez que ela tem sido pouco valorizada e até mesmo desprezada nos tempos modernos. Evidenciava que a afetividade passou a ser vista como sinal de fraqueza, e as pessoas se envergonham de assumir seus aspectos frágeis e ternos. Apontava que o mundo está ficando pesado, colérico, raivoso, competitivo... E que os princípios masculinos da ordem, da eficiência e da perfeição pareciam ter tomado conta das mulheres. Concluía perguntando onde está a feminilidade, a doçura, a meiguice, a sensibilidade, a afeição?

Engraçado como, para mim, esse artigo tem muita relação com o tema da campanha da fraternidade deste ano. Afinal, por que o mundo está ficando tão violento? Será que está havendo uma predominância de princípios masculinos enquanto os femininos estão desaparecendo? Será que o colo está fazendo falta? Onde está a compreensão diante do menos favorecido? E o olhar amoroso da aceitação incondicional diante dos menos capacitados para os acirrados conflitos do belicoso e competitivo mercado de trabalho?

Quem educa os Homens? Quem os deveria parir, nutrir, embalar, acarinhar e ensinar sobre temas importantíssimos como: a beleza, a intuição, a sensibilidade, a delicadeza, a caridade? Justiça social se faz com informação e compaixão, mas precisamos aprender a amar, primeiramente sendo amados, desejados, queridos. Precisamos de mães amorosas e acolhedoras, mas também firmes quanto aos princípios essenciais. Enquanto as mulheres se esquivam de assumir seu papel social, o mundo endurece e mostra a face violenta de quem não foi acolhido nem soube ser amado. Somos responsáveis diante do problema da violência e precisamos nos engajar para uma sociedade mais justa. Motivando a reflexão nesta campanha da fraternidade, vale a pergunta: Com tantas mulheres na Terra (pesquisas apontam sete para cada homem) por que será que o mundo está tão carente de mãe?

Maria Regina Canhos Vicentin
(e.mail:
contato@mariaregina.com.br) é psicóloga e escritora.




Fonte: Maria Regina Canhos Vicentin

CF 2009: FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA SOB O MÉTODO VER, JULGAR E AGIR.


O tema da Campanha da Fraternidade deste ano tem como grande meta demonstrar a responsabilidade não somente social, mas também formativa que a Igreja possui em provocar, despertar e dialogar com os segmentos da sociedade a respeito de uma temática tão pertinente para a ordem pública, que é a da segurança.

O grande horizonte desta reflexão está em superar qualquer tipo de ambigüidade que o tema possa suscitar, como tendo em vista a relação dos conceitos chaves "fraternidade e segurança". Para isso é necessário que exista um processo de reflexão para despertar o debate público em torno desta realidade tão presente no imaginário coletivo, devido a sua complexidade, como é, de fato, o conceito de segurança pública, refletido sob a ótica hermenêutica que requer a natureza desta campanha.

O quadro social atual é extremamente provocador e desafiador. Constantemente a população é sufocada por qualquer tipo de situação de violência tendo como referenciais as bases simbólicas que norteiam a mesma realidade, gerando situações de medo e, como conseqüência, de insegurança. Neste horizonte, as nossas comunidades devem acima de tudo ter a coragem e a ousadia de contribuir para que haja o alargamento das instâncias culturais que procuram postular qualquer tentativa de definição da segurança como realidade decorrente da paz e da justiça, mas para isso a Igreja deve assumir como verdadeiro vigor o seu papel de ser mediadora de conflitos.

A grande perspectiva desta campanha é fazer refletir e criar formas legítimas de reivindicações junto aos poderes públicos, como os primeiros responsáveis pela ordem pública. Isso, levando em consideração a base democrática que rege o nosso país e, a partir daí, mostrar à sociedade que as mudanças almejadas somente serão possíveis se o Estado assume medidas preventivas em torno do processo da segurança. Para isso, vem é necessário que o acesso à cultura seja um referencial constante como um meio imprescindível e fator determinante das mutações.

A reflexão de fato tem esta grande preocupação de apresentar que não é suficiente somente salientar o aspecto punitivo da segurança, se de antemão não existem medidas que visam à promoção da cultura da paz, mas ao mesmo tempo o foco do critério da justiça social iluminada pelo Evangelho.

Portanto, o tema deste ano realça uma das características fundamentais da ação da Igreja no mundo, o de ser instrumento para a promoção da cultura da paz, levando em consideração os elementos históricos e sociológicos desde a época colonizadora e que vem dando suporte para o quadro atual da violência no país e que, infelizmente, vem assumindo gradativamente uma conotação institucionalizada. Enfim, a Igreja, à luz desta campanha, tem a profunda consciência de que os desafios são grandes e não sujeitos a superação em curto prazo, mas a convicção acerca da necessidade de que os segmentos que compõem a sociedade podem projetar medidas preventivas na segurança para que o processo de reversão da realidade seja gradativamente assumido sob a égide da necessidade de que alguns membros dos poderes públicos responsáveis primários pelo bem comum e pela ordem pública necessitam de conversão.

1. O trinômio hermenêutico da CF: Fraternidade, Segurança Pública e Justiça Social

Antes de tudo, a Campanha da Fraternidade de 2009 quer expressar o grande esforço da Igreja no Brasil ao assumir como reflexão o tema a Segurança Pública, e nada melhor do que no tempo da quaresma como momento significativo e representativo de penitencia e de conversão como formas de reestruturação de um comportamento eclesial frente a um problema social com ampla ressonância. O desafio ainda assumi relevância maior diante do tema pelo fato dos diversos graus de violência (1) que fragmentam as relações entre as instituições e ao mesmo tempo gerando uma cultura de massa com um imaginário moldado pela insegurança.

O grande desafio para esta campanha não se restringe ao fato do suscitar o debate na esfera pública sobre a segurança, mas despertar novos caminhos para que o Estado possa criar condições para a promoção da cultura da paz. Como se vê, até mesmo dentro do espaço eclesial o tema deve ser refletido sob o horizonte dos princípios da fraternidade e justiça, rompendo qualquer tipo de barreira de natureza teológica, histórica, sociológica ou política. Trata-se da necessidade de reconstruir um itinerário reflexivo marcado por uma apurada compreensão do âmbito de atuação da Igreja. O intuito é enfatizar os elementos fundamentais propostos nas diretrizes do Texto-base desta campanha, visando que qualquer iniciativa, seja de ordem pastoral ou de ordem social, deve sustentar a iniciativa de fortalecer ações voltadas à educação e à evangelização como caminhos para a superação das visões de guerras (2) presentes na sociedade.

Diante da visibilidade do tema da segurança, vem a ser importante formar uma auto-compreensão e reformulação de que na sociedade comece a assumir uma noção de violência que considere as causas, tanto em nível social e pessoal, confrontando estes dados com os novos paradigmas que emergem de uma sociedade em constante transição. Por isso, o diálogo que a Igreja visa provocar a respeito do tema tem como perspectiva fundamental confrontar o trinômio básico desta reflexão, com os novos indicadores sociais que emergem do atual quadro social, incumbe-se a tarefa de enquadrar os elementos básicos deste trinômio, mas considerando o caminho que a Igreja assuma uma percepção do tema da segurança sob a ótica da prevenção.

Os três elementos Fraternidade, Segurança e Justiça, em um processo de inter-relação, tende a demonstrar que a reflexão norteada pela Igreja no texto-base tem por finalidade, não somente abordando as omissões dos poderes públicos que envolvem diretamente a segurança pública isto é o aspecto da denúncia, mas também fortalecer uma pertinente ação preventiva, seguida da evangelização com intuito de reconstruir um processo cultural de conscientização a respeito da paz, como máxima primária da segurança no seu âmbito pessoal e social.

Portanto, a grande indagação para a Igreja nesta campanha está em demonstrar para a sociedade os limites da ótica predominante no modelo punitivo sem o mínimo de abertura ao aspecto restaurativo da justiça como parte imprescindível da ordem social sendo função determinante do Estado.


2. O Método Ver, Julgar e Agir


Após uma análise aproximativa dos elementos chaves que norteiam a reflexão predominante do Texto-base da CF 2009, é oportuno enfatizar a forma como a Igreja, na sua ação profética, pode sustentar por meio de medidas preventivas o caminho adequado para que possa desempenhar com pertinência reflexiva e incidência pastoral diante do tema Segurança Pública. Como de costume, este momento de reflexão forte assumido pelas comunidades eclesiais é muito representativo por causa da relevância eclesial e social que o tema vai assumindo no decorrer da quaresma.

No entanto, o marco desta reflexão a respeito da importância deste método tem como meta demonstrar que a Igreja, ao se utilizar deste itinerário reflexivo, consolida os referenciais básicos de um processo de conscientização marcada por iniciativas que permitem uma melhor visualizam da realidade. O primeiro passo, Ver, apresenta uma perspectiva a respeito da visão (3) predominante na Igreja sobre a Segurança Pública e a realidade com a qual se confronta, mas considerando os aspectos que englobam os princípios fundamentais da doutrina social. O segundo passo, Julgar, representa que diante da pertinência do tema não pode somente fazer uma análise restrita a respeito da segurança se não considerar os aspectos culturais que a envolvem para que exista uma noção superficial da realidade e que os referenciais teóricos não sejam restritos a um determinado quadro reflexivo onde não se deixa considerar a histórica, a sociologia e política do contexto vigente. O terceiro passo, Agir, sem dúvida, é o mais provocador e inquietador pelo fato de que nele concentram-se todas as expectativas suscitadas pelos segmentos da sociedade após a visão e o julgamento sobre o perfil atual do modelo de Segurança Pública assumido pela União Federal.

Como se vê, este método proveniente da esfera reflexiva da Teologia da Libertação demonstra que diante de um tema tão crucial para o imaginário coletivo e para a ordem pública percebe-se que a Igreja, no Texto-base, assume uma atitude não somente de reflexão a respeito dos princípios básicos que norteiam quaisquer tentativas de reflexão a respeito da temática Segurança Pública. Por isso, o ver, julgar e agir ajudará na sustentação da formação de uma nova identidade social que tenha como marco a reconstrução de um itinerário cultural marcado pelo paradigma da paz como caminho preventivo que progressivamente irá contribuir para a superação das causa e dos fatores da insegurança.

Para auxiliar, o aspecto significativo deste método o Texto-base da CF ajuda-nos a entender: "O texto utiliza o método Ver, Julgar e Agir. O método Ver, Julgar e Agir, consagrado pela ação católica, tem se mostrado adequado para a missão profética da Igreja a partir da Campanha da Fraternidade. O Ver se constitui, a partir de uma apresentação da realidade como marco referencial. O Julgar anuncia os valores do Reino e suas decorrências éticas, constituindo-se no referencial teórico. Esses valores são iluminativos para os gestos concretos da terceira parte do Texto-base: o Agir" (4).

Enfim, este método Ver, Julgar e Agir ajuda a verificar que a crise afeta a esfera da Segurança Pública, tanto no âmbito social, como no cultural.

Conclusão

A CF 2009 "Fraternidade e Segurança Pública" demonstra a luz do seu Texto-base alguns caminhos significativos que a Igreja pode assumir através de caminhos preventivos que ajude na recuperação de um novo modelo de Segurança Pública. Certamente, os maiores destinatários desta campanha são aqueles animadores diocesanos na Igreja Local, que depois de um processo de reflexão e de julgamento irão procurar a partir da própria realidade agir em conformidade com os elementos oferecidos pelos subsídios desta campanha. A grande meta é ter presente a consciência de que o melhor caminho para que a Segurança Pública seja efetivamente uma realidade social em que as nossas comunidades em conjunto com os segmentos sociais possam criar medidas preventivas a curto, médio e longo prazo que consolidando caminhos alternativos e efetivos de uma cultura da paz.


Notas:
(1) CNBB. Fraternidade e Segurança Pública - Texto - base CF 2009, nn. 97 - 129.

(2) Para uma maior noção a respeito do conceito visões de guerra ver o Texto - base n.5 aonde se aprofunda o mesmo considerando os objetivos específicos propostos pela campanha da fraternidade 2009.

(3) Aqui se entende como a luz do Texto Base da Campanha da Fraternidade de 2009 a Igreja internamente no seu papel de conscientização poderá contribuir e motivar para que os órgãos pastorais possam criar metas preventivas no processo da segurança pública.

(4) CNBB. Fraternidade e Segurança Pública - Texto -base CF 2009, n.6.

[As matérias do projeto "Ações pela Vida" são publicadas com o apoio do Fundo Nacional de Solidariedade da CF 2008].


Pe. Emerson Andrade de Lima
Vice-coordenador Estadual da Pastoral Carcerária de São Paulo