sexta-feira, 17 de abril de 2009

PONTOS PARA PENSAR.

Votar não é fácil. É um ato de grande responsabilidade, pois que define muito do futuro do nosso povo e do nosso País. Num sistema democrático, representativo, como o nosso, ninguém depois pode reclamar: os que nos governam, para o bem e para o mal, são os que colocamos no poder! Não há desculpa, não há choro! Se há ladrões, mensaleiros, sanguessugas, omissos governando, nós os colocamos lá, nós os fizemos, nós lhes damos o poder, nós somos os responsáveis!


Nesta atual eleição há alguns aspectos gravíssimos que o eleitor cristão deve considerar.


O primeiro deles é o pão de toda eleição: a corrupção, a compra de votos, os políticos que querem um mandato para enriquecer e realizar as mais inimagináveis falcatruas. Um católico, diante de Deus, não pode votar num mensaleiro, numa sanguessuga ou em qualquer outro candidato que ele saiba que é corrupto, que compra voto e que promove falcatrua no governo.


Outras duas questões importantes devem ser levadas em conta nesta eleição de 2006. Há dois projetos no Congresso que não podem ser aceitos por uma sociedade humana e cristãmente sadia: a legalização ou discriminação do aborto e a legalização das uniões homossexuais. Estes projetos serão votados no Congresso. Se seu candidato votar a favor de qualquer um dos dois, você é co-responsável. Assim sendo, um católico não pode, em consciência, sob pena de pecado gravíssimo, votar num candidato que seja a favor do aborto (liberado de modo geral ou discriminado, como o Governo do PT deseja) ou que vá votar a favor das uniões homossexuais.


Nós, alagoanos, já temos uma bela conta para prestar a Deus. O governo Lula, que não tem nenhum compromisso com a Igreja ou com o cristianismo, apresentou ao Congresso e aprovou um projeto autorizando assassinar embriões humanos para retirar células-tronco. Isso é aborto, é crime, é pecado que clama aos céus, é imoral. Qual a posição dos senadores e deputados de Alagoas? Todos ou votaram a favor ou se abstiveram de modo covarde. Somente um, o Deputado Carimbão,votou de acordo com a orientação da fé cristã. Não que o Deputado Carimbão seja o candidato da Igreja. A Igreja não tem candidato a cargo algum! Mas, é necessário que se diga claramente quem vota de acordo com uma visão cristã e quem vota contra a consciência cristã. Pergunte ao seu candidato, procure saber sobre aborto e casamento homossexual... É você, através do seu candidato, quem irá decidir no Congresso. O Senhor pedirá contas a você! Essas duas questões são importantíssimas: a questão do aborto coloca em jogo a vida humana e a questão da união homossexual põe em jogo o que é uma família, o conceito sagrado de vida familiar como instituição divina, querida pelo próprio Deus! Se você acredita que a família é sagrada e instituída por Deus, não pode aceitar que a união entre homossexuais seja reconhecida legalmente como um casamento e uma família! Aqui não há preconceito, há obediência ao Senhor e coerência com a fé! As duas questões colocam em jogo o tipo de sociedade que desejamos construir: uma sociedade que viva segundo os critérios da Palavra de Deus e de sua santa vontade ou uma sociedade pagã e soberba, que é sua própria norma e lei, sem reconhecer o Senhor Deus. Pense bem; você dará contas a Deus!


Uma outra questão: um católico não deve votar nunca em sacerdotes para cargos eletivos nenhuns! É ótimo que leigos conscientes e honestos desejem participar da política partidária e concorrer a cargos eletivos; é péssimo que padres se filiem a partidos ou se candidatem. Não é essa a missão do sacerdote. O leigo deve desaprovar e reprovar tal comportamento. Um católico que ame sua Igreja deseja ver seus padres sendo padres. Não a padre vereador, não a padre prefeito, não a padre deputado estadual ou federal, não a padre senador, governador ou presidente, não a padre secretário de município ou de estado. No passado, isso até era admissível, dada a escassez de pessoas preparadas para a vida pública: tivemos alguns poucos bons padre políticos - a maioria fazia política em proveito próprio. Hoje, os leigos podem assumir a política, de modo que não tem o mínimo cabimento padre metido nisso.


Que os católicos pensem nessas coisas antes de votar!



Monsenhor Henrique Soares da Costa
Bispo eleito auxiliar de Aracaju.




Disponível em:
http://www.padrehenrique.com/editoriais_semeador.htm#

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