sábado, 6 de setembro de 2008

MISSA: ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS. –2ª PARTE.


Como eu escrevi no artigo anterior, a Missa é o centro da fé, é o cerne do Cristianismo, é o coração da Igreja, é o centro do universo.

A missa se divide em duas partes primordiais: Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística. Antes delas ocorre os Ritos Iniciais e logo após os Ritos Finais.

Ao entrar no local de celebração, vamos ficar em silêncio, para preparar o grande acontecimento da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Pode-se também rezar o terço ou outra oração que achar conveniente.


1. Ritos Iniciais:
· Canto de Entrada: Ao iniciar, cantamos alegres por estarmos reunidos com os irmãos na casa do Nosso Deus e Pai. O sacerdote recebe a todos cumprimentando em nome das Três Pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
· Ato Penitencial: Quando amamos alguém de verdade, é necessário ir ao seu encontro sem mágoa. Por isso, pedirmos perdão das nossas faltas. O Ato penitencial nos convida a dar uma parada e ver onde pecamos e no que precisamos mudar de vida. Vale lembrar que esse reconhecimento da nossa falta não substitui o sacramento da Reconciliação.
· Hino de Louvor: Depois de pedir perdão, junto e diante de toda a comunidade, estamos em condições de glorificar a Deus. Cantamos ou rezamos, com alegria o Glória.
· Oração Coleta: Em seguida, o sacerdote nos convida à oração; e todos, juntamente com ele, recolhem-se uns momentos em silêncio, a fim de tomarem consciência de que se encontram na presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções. O povo se associa a esta súplica e faz sua oração pela aclamação Amém.

2. Liturgia da Palavra:
· Leituras: Até agora Deus nos ouviu. É nossa vez de ouví-Lo nas três leituras tiradas da Bíblia, intercaladas pelo Salmo de Meditação e a Aclamação do Evangelho. A Palavra de Deus vai nos mostrar que Ele sempre está presente no meio do seu povo.
· Homilia: Aqui o celebrante faz uma explanação das leituras Sagradas, de forma que todos compreendam que Deus está presente em todos os momentos de nossa vida.
· Profissão de Fé: Fomos acolhidos, recebemos o perdão, ouvimos a Palavra de Deus, e o celebrante explicou as leituras. Vamos sintetizar tudo isso, rezando o Credo, que contém as verdades fundamentais da nossa fé.
· Oração dos fiéis: Toda a comunidade faz os pedidos, conforme as suas necessidades. Rezamos também pelos governantes, pelos que sofrem, pelo mundo inteiro.

3. Liturgia Eucarística:
· Ofertório:
É a hora de colocar sobre o altar toda nossa vida para ser consagrada. Por isso, não pode ser oferta só de dinheiro, de mantimentos para os pobres, mas da vida, para recebermos forças na luta do dia-a-dia. O sacerdote oferece a Deus tudo que é colocado no altar.
· Oração Eucarística: O ponto alto da Santa Missa. Nesta oração, através da ação do Espírito Santo, é transformado pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Agora o próprio Jesus se faz presente através da Eucaristia. Ele está no altar. A oração Por Cristo, com Cristo e em Cristo, resume este ato de fé. Ao pronunciarmos o Amém, queremos dizer que aceitamos tudo, com amor e gratidão.
· Pai Nosso: É a oração que Jesus nos ensinou e é a mais completa das orações. Essa oração nos torna irmãos, porque Deus é o nosso Pai. Com essa oração inicia-se o rito de comunhão.
· Oração pela Igreja: A Igreja, Santa pela graça de Deus e pecadora porque realizada por pecadores e em favor dos pecadores, pede pela unidade de seus filhos para testemunho de Jesus Cristo, na fé, no culto e na caridade (conferir Jo 17).
· Saudação da Paz: Desejamos a paz de Cristo a todas as pessoas: aos amigos e aos inimigos. Só Cristo pode, realmente, nos dar a paz e ajudar-nos a viver como irmãos. Com essa saudação fraterna ocorre o rito da paz.
· Cordeiro de Deus: Pedimos três vezes que tenha piedade de nós, para frisar que só Deus tira os pecados do mundo e o quanto precisamos de perdão. Não somos dignos de sermos perdoados, mas Jesus quer nos perdoar e ficar conosco.
· Comunhão: A mesa está posta e o alimento preparado. Somos convidados a participar da Comunhão com toda humanidade que sofre e também se alegra, porque Cristo é ponto de unidade dos que n’Ele crêem. E esta união deve acompanhar-nos até nossas famílias, vizinhos e colegas de escola e trabalho, como sinal da vida e unidade, pois como diz São Paulo na carta aos Gálatas, cap. 2, vers. 20: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim”.

4. Ritos Finais: Consta de:
· Notícias breves se forem necessárias;
· Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é enriquecida e amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais solene de bênção;
· Despedida da assembléia, feita pelo diácono ou sacerdote; Alimentados e fortalecidos do Pão da Palavra e Eucarístico somos enviados a viver Cristo no decorrer de toda semana;
· Beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao altar por parte do sacerdote, do diácono, e dos outros ministros.

Ao despedir-nos, devemos estar cheios da graça de Deus. Mas na verdade a missa não termina nesse momento, mas continua durante toda semana. Portanto, após a Santa Missa, não há de se realizar novena ou adoração ao Santíssimo, pois já estamos cheios da graça de Deus.
Podemos notar que no começo e no fim da Missa, o sacerdote invoca a Santíssima Trindade.


Vemos assim que a Missa, além de ser Bíblica, contém todo o Mistério da nossa fé e Salvação.

Encerrarei essa série de artigos, com dicas importantes que devemos tomar.

Rick Pinheiro
Pastoral da Juventude Arquidiocesana.

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