sábado, 17 de janeiro de 2009

O ATAQUE VIOLENTO A FAMÍLIA E AOS VALORES CRISTÃOS DIANTE DOS NOSSOS OLHOS.


O ATAQUE VIOLENTO A FAMÍLIA E AOS VALORES CRISTÃOS DIANTE DOS NOSSOS OLHOS.


Estava em casa fazendo a parte mais chata de ser professor, ou seja, organizando o diário escolar, quando parei por alguns minutos para descansar a mente. Liguei a televisão e estava começando a exibição do último capítulo da novela A Favorita. Como eu amo o dom da interpretação (e convenhamos, o elenco desta novela, no quesito interpretação deu um show à parte), resolvi assistir. Pobre da minha mente, pois não descansou nem 1 minuto durante 1 hora e meia de ataque violento a família e aos valores cristãos, em pleno horário nobre.

No início da novela, o primeiro bombardeio: Lara, a filha da vilã Flora, diante da provocação da mesma, atira na sua própria mãe. Tudo bem que a tal mãe era uma personagem que tinha aprontado todas e que demonstrava total ódio e desprezo pela filha. Mas mãe é mãe, por mais que seja o pior do ser humano, não justifica um filho levantar um polegar contra ela. E o pior, é que muitas pessoas, infelizmente muitos irmãos católicos, vibraram com a cena e até alguns ficaram chateados porque a mocinha não deu um tiro fatal na mãe vilã.

Outra cena mostra a personagem Catarina, uma senhora que teve uma triste experiência de vida conjugal, que às vésperas do casamento, termina o noivado, dando um belo discurso, falando que sentia fome de liberdade. Quem assistiu atentamente essa cena chega à conclusão que o casamento é a coisa mais triste que existe no mundo, que é uma prisão, uma escravidão. Agora eu me pergunto: se o casamento é tudo isso dito pela Catarina, por que Jesus fez seu primeiro milagre, mesmo não sendo sua hora, justamente numa festa de casamento? E por qual motivo Ele instituiu o sacramento do Matrimônio? Para sermos pessoas presas, amarguradas? Com certeza o Jesus jamais faria isso conosco.

Logo após o belo discurso anti-sacramento do matrimônio dado pela personagem Catarina, a filha desta personagem recebe a visita do pai, recém-saído da prisão que praticamente se humilha para pedi perdão, algo que a filha não concede e ainda o humilha mais, contrariando o que mais Jesus nos pediu na sua caminhada terrestre: o perdão. Se uma filha não concede o perdão a um pai que cometeu várias atrocidades, mas que teve a coragem de chegar diante dela e pedi perdão, que obrigação ela terá de perdoar uma pessoa que aprontar com ela e não tenha laços familiares com ela? Será que ela ensinará a sua filinha recém-nascida os setenta vezes sete perdões que Jesus nos ordena e que ela simplesmente ignorou com seu próprio pai?

Teve mais bombardeio apenas neste capítulo da novela: A “Família” formada por duas mulheres e um homem, os senhores que após casamentos com outras pessoas finalmente tiveram o esperado final feliz, as mulheres que viajaram juntas (Catarina, a senhora do discurso, numa mensagem direta pró-união homossexual), foram as mensagens dadas pelo inimigo de Deus para desprezar o que ele tem mais inveja de nós, humanos e filhos de Deus: a família.

Sei que alguns que estão lendo este artigo devem pensar que eu estou pegando pesado e que a novela é apenas ficção. De fato são, mas o nosso povo brasileiro, tão carente de cultura sadia, fazem das novelas suas educadoras, pois elas ditam normas, modas e principalmente comportamento. Foram as próprias novelas que introduziram na sociedade brasileira valores anticristãos contra a família, que hoje viraram práticas costumeiras e está enraizado no pensamento de muitos, até mesmo em muitos membros da Igreja. Ou alguém não lembra que foi o seriado Malhação que nos seus primeiros dias de exibição lançou para os jovens de todo Brasil a prática do “fica”? Que outras novelas introduziram no horário nobre temas como produção independente, aborto, casamento homossexual e tantos outros temas que ferem violentamente os valores familiares instituídos pelo próprio Deus?

Evidente que as novelas não as únicas culpadas por essa situação de relativismo em relação aos valores cristãos. O pastor batista norte-americano Martin Luther King certa vez disse: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. De fato, temos nossa parcela de culpa. Afinal, o que estamos fazendo para propagar os valores do Evangelho? Será que todos, como cristãos católicos batizados que somos, estamos nos opondo a esses ataques do inimigo de Deus?

Quero salientar que não tenho nada contra o autor e os atores que participaram desta novela de sucesso. Muito pelo contrário, até os parabenizo por saber usar o lindo dom de interpretar dado por Deus a cada um deles. Quero apenas neste artigo despertar em nós cristãos católicos, em especial os jovens, o senso crítico diante de tanto bombardeios ao Evangelho. Devemos está vigilantes e orantes para não cairmos nas ciladas que o encardido nos arma.

O quarto mandamento da Lei de Deus é Honrar pai e mãe. No decorre de toda Palavra de Deus, encontramos vários versículos que só reafirmam esse mandamento e nos mostra a importância de uma família. Tem um ditado popular que resume bem a importância da família: Família é um pedaço de Deus na Terra. Façamos da nossa família um espelho da Sagrada Família de Nazaré.


Rick Pinheiro
Teológo, professor de Ensino Religioso, Bacharel em Direito e coordenador da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Maceió.

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