A tarde da Sexta-feira Santa, também conhecida como Sexta-feira da Paixão, apresenta o drama da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João contempla-se o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
A Igreja não vê esse dia como de pranto e luto, mas como dia de amorosa contemplação do sacrifício de Jesus, fonte de salvação para a humanidade. Ela não faz na Sexta-feira Santa um funeral, mas celebra a morte vitoriosa de Jesus.
Padre Majella recorda que as duas características mais marcantes da liturgia da Sexta-feira Santa no Ocidente era a Veneração da Cruz e a comunhão do sacramento reservado, também chamada de Missa dos Pré-Santificados. "Diz-se que esta missa remonta ao II século, pelo menos", destaca.
Este é o único dia do ano onde não se celebra, em nenhum lugar do mundo, o sacrifício eucarístico. Em lugar da eucaristia fazem-se a apresentação e a adoração da cruz. A atenção da Igreja se fixa no calvário. É um rito que nasce como conseqüência da proclamação da paixão de Jesus.
Há nesta veneração o antigo costume de mostrar aos fiéis a cruz, descobrindo-a progressivamente enquanto se canta, três vezes, o Ecce lignum crucis (eis o lenho da cruz), ao que a assembléia reunida responde: "Vinde, adoremos!" Para a adoração da cruz, aproximam-se os cristãos que exprimem sua adoração pela genuflexão, pelo beijo ou por outros sinais adequados. Ao terminar a adoração, põe-se a cruz sobre o altar, que é símbolo do sacrifício e sacerdócio de Jesus Cristo. A assembléia contempla seu Senhor.
Série Semana Santa nº 7
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