Para muitos a Semana Santa se iguala a um "retiro": param e querem pensar. Neste período muitos fortalecem a fé, o amor e a esperança. Pensa-se em Deus. Para outros é a oportunidade de refletir o sentido da vida, buscar o sentido do sofrimento, buscar esperanças... No período da Semana Santa, refletindo sobre a Paixão de Cristo, nasce, cada dia, uma nova luz e uma nova esperança que na grande vigília pascal brilhará para todo o mundo.
E é o Domingo de Ramos que abre solenemente esse período: com a lembrança das Palmas e da paixão, da entrada de Jesus em Jerusalém e a liturgia da palavra que evoca a Paixão do Senhor no Evangelho de São Lucas. Neste dia, o pensamento é levado a Jerusalém, ao Monte das Oliveiras, a capela de Betfagé, que lembra o gesto profético de Jesus entrando como Rei pacífico, Messias primeiro aclamado e depois condenado, para cumprir as escrituras.
De acordo com o Padre Majella a Semana Santa possibilita que por um momento as pessoas revivam a esperança de ter já consigo, de forma aberta e sem subterfúgios aquele que vinha em nome do Senhor. “São Lucas não falava de oliveiras nem de palmas, mas de pessoas que iam acarpetando o caminho com suas roupas, como se recebe a um Rei, gente que gritava: ‘Bendito o que vem como Rei em nome do Senhor. Paz no céu e glória nas alturas’”, enfatiza.
O redentorista explica que Jerusalém, desde o século IV, tinha o esplendor de sua vida litúrgica celebrada neste momento com uma numerosa procissão. “E isto agradou tanto aos peregrinos que o oriente deixou marcada nesta procissão de ramos como umas das mais belas celebrações da Semana Santa”, ressalta.
Já com a liturgia de Roma, os fiéis entram na Paixão e antecipam a proclamação do mistério, com um grande contraste entre o caminho triunfante do Cristo do Domingo de Ramos e o "via crucis" dos dias santos.
Série Semana Santa nº 03
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