“A morte de Jesus, longe de ser trágica, é fascinante. Os pintores Salvador Dalí e Diego Velázquez souberam expressá-la porque o evangelista Mateus, em vez de acentuar o aspecto da dor, soube sublinhar as consequências daquela entrega incondicional, para transformar o drama em poema.
Portanto, mais que despertar sentimentos de compaixão, temos de aproveitar os frutos dessa oferenda voluntária na árvore da cruz, que obteve o perdão e a justificação de toda a humanidade. Agora, já estamos em paz com Deus, graças a Jesus Cristo, que se entregou por nós.
Mateus, ao descrever o momento da morte de Jesus, viu o que era invisível aos olhos; não só os fatos que haviam acontecido naquele momento, mas seu significado. Uma coisa viu e sentiu: a divindade do Condenado e as consequências de Sua obra salvífica. Desvende alguns fatos da morte de Cristo:
- Em vez de provocar trevas, Ele as fez desaparecer da terra inteira, inaugurando a nova criação;
- Seu grito angustiante, perguntando a Deus o porquê de o Pai tê-lo abandonado, devia-se ao fato de que Ele [Cristo] não somente levava nossos pecados, mas também se identificava com eles e assumia suas consequências;
- Rasgou-se o véu do Santuário para que pudéssemos ingressar na Presença Divina. Não é preciso purificar-se para entrar no Santuário de Deus. É sua Santa Presença quem nos purifica;
- Sua cruz, sinal inequívoco do amor do Pai e de Jesus à humanidade, permanece imutável nos altos e baixos da vida;
- A morte de Jesus não provoca morte; ao contrário; os mortos ressuscitam em virtude da Sua entrega total na mãos do Pai;
- E o mais importante: esse relato não é um mero dado histórico de um fato acontecido nos subúrbios de Jerusalém, mas serve para que cada um de nós, personificados no centurião romano, possamos acreditar, de todo o coração, que Jesus é o Filho de Deus e proclamar com nossa vida que Ele é o único Salvador deste mundo capaz de nos libertar de qualquer sepulcro e nos ressuscitar para uma vida nova e plena.
Jesus é o único Salvador, e não há outro. Já faz mais de dois mil anos que realizou a salvação de todo o gênero humano, mas essa salvação permanecerá incompleta até o momento em que nos voltarmos a Ele pela fé e vivermos de com acordo com a nova vida que Ele conquistou por nós, quando Se revelou como verdadeiro Senhor que domina a morte.
A cruz de Jesus nos liberta das cruzes sem sentido ou estéreis, que são fruto do pecado. A cruz de Jesus não é para nos fazer morrer, mas, sim, para fazer morrer em nós aquilo que não nos deixa viver como filhos de Deus”.
Trecho retirado do livro 'A fascinante morte de Jesus', de José Padro Flores e Ângela Chineze.
Disponível em: http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?tit=Desvendando+a+fascinante+morte+de+Jesus&cod=2286&sob=6340
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